Regresso

Dado a ausência de negação por parte da Direcção do Benfica é assumido como facto concrecto o regresso de José Veiga ao papel de Director para o futebol do Sport Lisboa e Benfica.

Se não tenho qualquer dúvida sobre a importância da função, e muito esta época se ressentiu do lugar deixado vago, já me custa aceitar que o cargo seja, novamente, ocupado por Veiga.

As razões são as razões de sempre: demasiados anti-corpos que o ex-empresário gera, não só na familia benfiquista, mas também no mundo do futebol. É claro e inequivoco que perdemos muito por causa das relações controversas que Veiga mantêm com vários agentes de futebol, e, principalmente, com aquele que hoje em dia domina o mercado das transferências, Jorge Mendes.

Custa-me acreditar que não exista um benfiquista com capacidade e perfil para assumir a função, que seja preciso um dragão de ouro comandar os destinos da equipa de futebol. Na era que muitos defendem o profissionalismo acima de tudo é suicidio retirar aos clubes o cunho emotivo e apaixonado que um adepto tem ao servir o clube do coração.

Veiga já tinha cumprido o seu papel e por motivos alheios ao clube retirou-se. Era uma boa oportunidade para se renovar o lugar com alguem com mais ligação ao clube e adeptos. Até porque, com duas épocas bastante fracas em termos de resultados e com contratações estranhas a margem de manobra de Veiga está muito reduzida.