Telefonemas, sms e afins

Ontem foi lançado para a discussão entre a família benfiquista que vários jogadores do SL Benfica teriam sido alvo de chamadas ou mensagens por parte do treinador do Sporting com vista a perturbar a sua concentração para o jogo da Supertaça. Relembro que já tinha sido notícia contactos entre o catedrático e jogadores do Glorioso para saber como estava a correr a pré época. Desta vez o mestre dos mestres terá sido mais directo na pressão ao avisar, por exemplo, Talisca que ía "estar atento á sua carreira" e para o jovem brasileiro lembrar-se de "quem o trouxe para Portugal". Eliseu e Jonas terão sido outros alvos das questões e/ou avisos do mais maior mestre da arte de treinar.

Quando vi aquela confusão entre Jonas e Jesus senti que o gesto deste último não merecia aquela reacção do melhor jogador do campeonato passado. Senti que teria que haver algo mais e pensei que fosse por causa das declarações públicas na semana que antecedeu o jogo. Afinal havia mesmo algo por detrás, algo grave que os jogadores não gostaram. E uma reacção destas (consta que Eliseu também quis tirar satisfações com o mestre) de jogadores que tiveram sucesso com Jesus mostra que o ambiente entre jogadores e treinador não era o mar de rosas que muitos defendiam ser. Agora que o catedrático está no clube certo para a sua personalidade os benfiquistas vão abrindo os olhos à verdadeira essência do mestre. Apetece-me repetir algo que venho dizendo ao longo destes anos : Pablo Aimar é um senhor!!!!

A questão é que este tipo de acusações têm que ser sustentadas, têm que ser demonstradas para o clube não ficar com o carimbo de mentiroso e de estar a procurar desculpas para a derrota. E sim, não sejam ingénuos, é o clube que fica com o ónus de ter lançado esta notícia cá para fora. Tem que reagir e tem que reagir duramente. aliás, devia tê-lo feito na hora, antes do jogo e mostrado as mensagens e os registos telefónicos. Não o fez mostrando mais uma vez uma impressionante incapacidade de lidar com este tipo de manobras. São anos e anos e anos a sermos sempre comidos. Sempre.