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segunda-feira, julho 16, 2012

Não precisar de vender os melhores jogadores

" Se não necessitarmos de vender continuadamente jogadores, podemos manter os melhores


Esta frase é de Bruno Carvalho,  candidato derrotado nas últimas eleições para a presidência do SL Benfica, numa entrevista concedida ao blog Cabelo do Aimar. Esta frase quase que se pode considerar um clichê sempre que alguém fala do que deve ser o futuro do Glorioso, quando se fala do objectivo final de um determinado rumo financeiro adoptado. Claro que, como qualquer benfiquista, desejava muito que tal frase um dia fosse um cenário real mas nunca será. E não por má gestão ou desperdício de dinheiro. Não é por aí. É por isso que acho que quando se fala muito desta questão particular estamos a entrar numa onda do repetitivo sem noção real do que é o mundo do futebol.
Vejamos, é claro que é possível e desejável que o SL Benfica não precise de vender os seus melhores jogadores para garantir estabilidade financeira. Isso é um objectivo que deve ser real para quem quer que seja o líder do clube. Estarmos sólidos financeiramente para não precisarmos de vender as nossas jóias. Mas isso não permite que mantenhamos os melhores no clube porque é impossível ao SLB competir com os chorudos ordenados que outros clubes/campeonatos podem oferecer. Eu acredito que é possível dotar o clube de uma condição financeira que consiga afastar clubes como os gregos e turcos e alguns russos mas é impossível fazer frente a contratos como o que se diz que Miguel Veloso tem em Kiev, 400 mil euros mês. E estes valores são, facilmente, oferecidos aos nossos melhores jogadores pelas 5/6 melhores equipas de Inglaterra, Espanha, Itália, 2/3 equipas alemãs e uma ou outra francesa. 
Portanto a ideia que podemos manter os nossos melhores jogadores é uma discussão que não faz muito sentido porque é irreal. A ideia que podemos ser sustentáveis financeiramente sem precisar de vender os melhores é que deve ser debatida, estudada, trabalhada e alcançada.
Ou estou errado e o SL Benfica tem condições para, num futuro, conseguir pagar às suas estrelas o que os outros grandes europeus pagam?


PS: Segundo jogo, segunda vitória contra os amadores lá do sítio. Não tive possibilidade de ver o jogo. Falem do que gostaram.

8 comentários:

  1. Se conseguissemos equilibrar as nossas contas, pagando muito menos juros, concerteza que conseguiriamos pagar mais no futebol.
    Ainda assim, acho que nunca conseguiriamos chegar ao nível dos verdadeiros tubarões - é impossivel conseguirmos o mesmo que eles conseguem em receitas de TV e publicitárias...

    Parabéns pela análise, parece-me bastante lúcida.

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  2. basta olhar para os porcos azuis e ver o que é segurar os melhores jogadores , hulk se tivesse no benfica ja tinha ido à seculos , lucho fou espremer ate n dar mais , lisabdro lopez idem aspas etc , se eles estao bem financeiramente ou nao n sei o que sei é que nos tmb n estamos e um grande jogador se ficar aqui duas epocas ja é quase um milagre .

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  3. O Hulk se tivesse no SLB ninguem pegava nele pq não teria a protecção dos árbitros.
    Quando um clube aparece e paga os porcos azuis vendem logo. O problema é que eles não aparecem...apesar da tinta que os jornais gastam em elogios aos gajos.

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  4. Numa coisa tens razão Pedro, nunca poderemos pagar ordenados multi-milionários e portanto a certa altura os melhores jogadores quererão fazer os contratos das suas vidas.
    O que eu gostaria é que o Benfica tivesse a capacidade para atrair os jogadores a ficarem pela sua capacidade desportiva, mesmo não jogando nas ligas principais, ter capacidade para ombrear com os melhores na champions porque os bons jogadores saberiam que aqui lutariam sempre pelo troféu mais importante e disso infelizmente ainda estamos muito longe.
    Nem o campeonato português conseguimos ganhar numa base regular (2 campeonatos em 18 anos, 1 taça em 16 anos, ou se olharmos para os mandatos do vieira 2 campeonatos e 1 taça em 9 anos).
    Se olharmos para o market-pool da liga dos campeões percebemos que nunca poderemos competir com os clubes dos maiores mercados - recebemos 2,6 milhões, 1 clube espanhol ou inglês recebe 12, 14 ou mais de 20 milhões, até 1 clube turco, ou francês recebe 10 milhões, como poderemos competir ?
    Só há 1 solução, passar eliminatórias e chegar às fases finais numa base regular, comeaçar a ser cabeça-de-série.

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  5. O nosso maior problema, não só no futebol, mas na generalidade da economia portuguesa, é o facto do mercado ser muito pequeno, logo, nunca chegaremos perto dos valores obtidos a nivel de receitas televisivas, publicidade e merchandising de outros clubes europeus. Temos, obrigatoriamente, de compensar isso com as mais-valias nas vendas de jogadores. E até o devemos fazer, porque Portugal é um excelente mercado para fazer a ligação entre a América do Sul e a Europa, em que é possivel fazer a transição na lingua, cultura e estilo futebolistico e a integração na exigência do futebol europeu.
    No entanto, isso tem de ser conciliado com os objectivos desportivos do clube, o que não acontece no Benfica.
    Infelizmente, no Benfica, usa-se a montra da Champions para valorizar os jogadores e fazer negócios para uns quantos meterem dinheiro ao bolso. Qualquer jogador que chegue ao Benfica tem de perceber imediatamente (porque já vem com a ideia de dar o salto para um grande campeonato europeu) que SÓ SAI SE AJUDAR O BENFICA A SER CAMPEÃO, COM TAÇAS AO BARULHO! Enquanto isto não for incutido continuaremos a ter pseudo-estrelas que só se esforçam na Champions e desprezam o campeonato.

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  6. A minha questão é esta : qual tem sido a politica desportiva relativamente aos jogadores portugueses ? Pura e simplesmente nao existe ! Alías não existe nem aos portugueses nem a nenhuma nacionalidade. Compramos jogadores na America Latina que nunca chegam a vestir a camisola do Glorioso. Mais, fazemos no campo economico negocios ruinosos ( para o Clube) !

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O Sport Lisboa e Benfica é o maior, o melhor dos melhores, não é grande, é ENORME, é Glorioso. Quem por cá passar tem que ter isso bem percebido e, dentro desse espírito comentar livremente, cumprindo as básicas regras de educação.