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domingo, setembro 28, 2008

SL Benfica - Sporting: 2-0


Há muito que os benfiquistas mereciam uma vitória desta, sem espinhas, contra o eterno rival.

Um jogo que começou com um susto para os benfiquistas quando Djaló, logo na primeira jogada, se isola por entre os centrais do Benfica e fica de cara a cara com Quim mas incapaz de fazer golo. Um grande susto mas também o maior durante todo o jogo. A partir daí só deu Benfica. Quique Flores apostou no mesmo 11 que venceu o Paços de Ferreira e com isso terá ganho a luta a meio campo, um dos meus maiores receios. Mas Yebda, Carlos Martins e Ruben Amorim, com três grandes exibições, chegaram e sobraram para o meio campo do Sporting. E controlando o meio campo o Benfica impedia o Sporting de jogar como gosta e conseguia fazer a bola rolar por todos os jogadores, criando jogadas de perigo junto da área verde e branca. O Sporting procurava apenas despejar a bola para a velocidade dos seus avançados mas, com maior ou menor dificuldade, a dupla de centrais do Benfica ía chegando para as encomendas.

O intervalo chegou com o nulo no marcador mas os mais de 60.000 espectadores viam um Benfica em claro ascendente sobre um Sporting, quase atarantado, pela superioridade que o meio campo encarnado estava a ter. Estranhamente, porque não me apercebi de problemas físicos no jogador, Quique Flores substitui Ruben Amorim por Katsouranis e, ao contrário do que já ouvi alguns analistas dizerem, acho que o Benfica demorou um pouco a encaixar esta substituição e permitiu ao Sporting começar a ter mais bola no meio campo. Felizmente o golo do Benfica não tardou numa estupenda jogada muito bem finalizada por Reyes, no seu primeiro golo ao serviço do Glorioso. E pouco depois, o Benfica sentenceia a partida, com mais um estreante a marcar pelo Benfica, Sidnei a marcar um merecido golo. Era a loucura no Estádio da Luz e o jogo estava ganho. Para apimentar um pouco a coisa os problemas físicos na equipa voltaram a surgir com Nuno Gomes a ficar queixoso após uma jogada de contra-ataque e a dar, então, lugar a Pablo Aimar e, no final, Carlos Martins a ter que abandonar o jogo já sem Quique poder fazer substituiçõe sporque Di Maria tinha entrada para render um estoirado Reyes. Mesmo assim, com menos um, o Benfica conseguiu criar perigo e controlar o jogo, fruto da experiência e qualidade de jogo de Aimar aliada a uma entrega de todos os outros jogadores que mereceram, totalmente, esta vitória.

Antes de falar dos jogadores quero deixar uma nota para o banco do Benfica nesta partida: Léo, Pablo Aimar e Katsouranis. Suazo lesionado e Luisão castigado. Urreta e Balboa na bancada. Estamos no bom caminho.

Reyes e Sidnei tem que ter relevo pelos golos que marcaram mas não só, o espanhol está num crescendo de forma muito bom e hoje foi incansável na ajuda defensiva à equipa e Sidnei, provavelmente o melhor em campo, rubricou um exibição de encher o olho. É impressionante a forma arrojada com que este jovem central procura sempre sair com a bola jogável, um tempo de corte fantástico e uma impulsão brutal. Um golo merecido já há vários jogos. O seu parceiro de dupla também esteve muito bem. Algumas dificuldades perante a velocidade de Djaló, mas quando atinaram os vançados do Sporting nunca mais se viram no relvado da Luz. Os laterais Maxi e Jorge Ribeiro pouco ajudaram a equipa nas tarefas ofensivas mas sabendo das suas limitações compreendo que se tenham retraído e preocupando-se apenas com as tarefas defensivas. Maxi esteve muito bem e Jorge, apesar de algumas atrapalhações, também esteve bem. E depois o meio campo, e que meio campo. Yebda é um senhor, está em todo lado, corre os 90 minutos com a mesma força e tem uns pezinhos deliciosos, Carlos Martins enquanto durou esteve muito bem, não se deixando provocar pelo adversário e Ruben Amorim a mostrar, mais uma vez, que tem uma palavra a dizer neste Benfica 2008/09. Um trio com uma exibição muito positiva que alimentou Cardozo e Nuno Gomes que tiveram algumas oportunidades para facturar. Não foi um dos jogos mais conseguidos de Cardozo mas o ponta de lança foi incansável na luta com os centrais, correu, lutou, saltou, chutou. Nem sempre as coisas saiam bem mas disse presente quase sempre. O capitão Nuno Gomes também esteve bem, muito mexido até que quebrou fisicamente. Espero que não seja nada de grave pois é o único ponta de lança que temo para quinta feira, contra o Nápoles. Katsouranis entrou e permitiu que o Benfica defendesse mais à frente e pouco tempo depois vieram os golos o que permitiu, também, que o grego tomasse conta do meio campo com Yebda. Aimar teve uma entrada muito boa pois foi a partir da sua inteligência e genialidade que o Benfica passou a fazer circular o jogo. Foram dos seus pés que nasciam todas as jogadas de perigo do SLB e nunca desistiu de lutar pela bola. Um companheiro de bancada falou que ele se estava a queixar das pernas, espero que, a ser verdade, não seja uma recaída. Di Maria entrou numa fase em que o Sporting ía dar tudo por tudo e conseguiu suster aquele flanco e segurar, muitas vezes, a bola. Finalmente Quim, após exibições menos conseguidas, hoje Quim esteve seguro a sair dos postes e perfeito entre eles.

Duarte Gomes é uma vergonha. Sempre foi e sempre será. É um mau árbitro claramente condicionado para beneficiar o adversário do Benfica e se o adversário for o Sporting então a coisa assume proporções grotescas. Tudo o que era dividido era a favor dos verdes, jogavam a bola com os braços e nada, faltas atrás de faltas e nada, um penalty claríssimo sobre Yebda a fechar a primeira parte e nada (Postiga deve ter leis de jogo só para ele...) . Quatro jornadas e três penaltys por assinalar a favor do Benfica...Desta vez fomos demasiado fortes para Duarte e companhia.

Felizmente não assisti a qualquer problema nas bancadas, muita festa e muita alegria. Uma grande vitória mas apenas mais três pontos. De nada serve se já de seguida não vierem mais duas vitórias, uma para seguirmos em frente na Taça Uefa e outra para colhermos os frutos do encontro de amigos da próxima jornada.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Antevisão

Este início de temporada está a ser, emocionalmente, poderoso. Se já sabíamos que íamos defrontar os eternos rivais nas 4 primeiras jornadas do campeonato, o sorteio da Uefa ditou que tinhamos que defrontar um dos mais míticos clubes italianos, o Nápoles, clube de Maradona.

Com a equipa em formação, caras novas, métodos novos, o início de competição não está a ser o desejado pela família benfiquista e a emoção natural destes confrontos faz aumentar a ansiedade pré e pós jogo, com os nervos, alegrias e tristezas à flor da pele.

Depois de Porto e Nápoles vamos no sabado receber na Catedral o vizinho de Alvalade. O derby dos derbys. O Porto tem sido o nosso principal rival ao longo da última vintena de anos, a animosidade latente entre o clubes leva a que cada clássico seja uma batalha. Com o Sporting a coisa tem perdido alguma paixão, alguma intensidade, mas quando o árbitro apita para início do jogo, a emoção dos velhos derbys renasce, mais que não seja para que na segunda feira seguinte não termos que aturar os verdes todos inchados. Neste sábado iremos receber o Sporting com 4 pontos de atraso e com os verdes convencidos que vão ganhar. Acho extraordinário que um adepto daquele clube, com aquela equipa ache que uma vitória esteja garantida logo à partida, mas com os golos "à Postiga" tudo é possível. O Benfica é claramente superior, tem melhores jogadores e mais soluções mas ainda está em construção. O adversário não, tem uma equipa e modelo de jogo estabilizados e isso será um factor a ter em conta. Por outro lado o seu melhor jogador ainda não está disponível, o segundo quer sair dali para fora e o terceiro anda às turras com o treinador. No Benfica continuamos com o azar das lesões e castigos que impedem que nos apresentemos na maior força o que leva a que Quique Flores tenha algumas dúvidas sobre qual a equipa a apresentar. O regresso de Katsouranis aos disponíveis abre logo uma questão na cabeça de Quique: Colocá-lo a jogar? E em que posição? E Aimar, irá começar no banco ou a titular?

Podemos, como treinadores de bancada, fazer vários cenários, mas sinceramente não faço a miníma ideia do que Quique irá fazer. Acrdito mais que tire Miguel Vitór e coloque Katsouranis a central ao lado de Sidnei e mantenha o meio campo que defrontou Paços. Acho que Ruben Amorim, nesta fase, ganhou lugar na equipa e não vejo o treinador prescindir de Carlos Martins (irá comer a relva) para motor ofensivo do meio campo. A tripla ofensiva será Reyes, Nuno Gomes e Cardozo salvo surpresa de última hora. Acho que Aimar deve começar no banco.

Estádio cheio a apoiar o Glorioso e uma arbitragem decente é o que eu espero para que dessa forma o Benfica conquiste mais três pontos na caminhada para o título. Vai ser um dos poucos derbys nestes largos anos em que não tenho convicção profunda da vitória do Benfica e isso pode ser bom na tranquilidade com que irei encarar o jogo. E sempre que eles andam inchados a coisa corre-nos bem...

terça-feira, setembro 23, 2008

Sorteio Taça Portugal 2008/09

Na primeira eliminatória (terceira da competição) em que o Sport Lisboa e Benfica vai participar na Taça de Portugal o adversário vai ser o Penafiel no Estádio da Luz.

SL Benfica - Penafiel, dia 19 de Outubro.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Paços Ferreira - SL Benfica: 3-4

Finalmente uma vitória. Tirada a ferros é verdade, mas uma vitória e três pontos preciosos.

Um jogo impróprio para cardíacos que corresponde à máxima que benfiquista sofre. Um começo de jogo muito bom por parte do Benfica, autoritário na pressão sobre o adversário e rápido na saída com a bola, e numa dessas saídas, uma fantástica triangulação entre Carlos Martins, Reyes e Nuno Gomes a concluir, inaugurando o marcador e dando cor à boa entrada da equipa no jogo. Durou mais uns minutos o bom jogo do Benfica até que, novamente, sofremos um golo esquesito. Num lance que parecia resolvido, Reyes despacha mal a bola e esta sobra para um jogador do Paços que chuta de primeira e esta ressalta em Sidnei e entra na baliza de um Quim pregado ao chão. E a partir daqui, durante uns 10 minutos, o Benfica perdeu-se em campo. Muita atrapalhação, pouca fluidez de jogo, muito chutão e permitir que o Paços cresça. E num raro lance de ataque, após boa recuperação de bola de Ruben Amorim, Nuno Gomes cabeceia para boa defesa do guarda redes do Paços e Maxi Pereira a facturar no ressalto. Com este golo o Benfica volta a acalmar e a mandar no jogo e num penalty bem assinalado, Cardozo fuzila as redes e leva a equipa para uma vantagem "confortável" para o intervalo.

A segunda parte começou como acabou a primeira, com o Benfica mandão até que Quim resolve mostrar os seus dotes dando mais uma casa e fazendo o Paços reduzir o marcador. Desta vez a atrapalhação do Benfica não foi tanta como no lance do empate e, já com Aimar em campo a deixar a bola para que o mal amado Jorge Ribeiro marcasse um excelente golo e, pensavam os benfiquistas, resolver o jogo. Infelizmente tal não aconteceu e mais num lance a roçar o patético o Benfica sofre um golo fazendo com que a emoção durasse até ao apito final. Bruno Paixão apitou e o Benfica conquistou os primeiros três pontos da temporada. Os primeiros de muitos espero eu e toda a família benfiquista.

Uma primeira coisa a salientar: a quantidade de faltas desnecessárias que a equipa fez sendo que as últimas quase me levaram ao desespero tal o perigo que levavam à nossa baliza. Depois o carrossel exibicional que esta equipa demonstra em campo, momentos belíssimos como o primeiro golo e momentos patéticos como o terceiro do Paços. No meio desta embrulhada vai-se notando melhoras na construção de jogo. E para essa melhoria penso que a presença de Ruben Amorim, que fez uma magnífica exibição, teve papel fundamental. Antes do jogo pedia a titularidade de Balboa mas Quique acertou em cheio porque Ruben permitiu uma solidez a meio campo que foi muito importante para que o Benfica pudesse pegar no jogo e, ao mesmo tempo, o jovem português nunca se escondeu das tarefas atacantes. O melhor em campo para mim. Quem esteve muito bem foi o capitão Nuno Gomes, não só pelo golo mas por tudo o que jogou e lutou. Yebda mais uma vez em bom plano, lutador e capaz de transportar a bola. Reyes no melhor e pior do jogo e Jorge Ribeiro a honrar a camisola e só assim conquistará o coração dos benfiquistas. Palavra de apreço para Miguel Vitór e Sidnei que estiveram excelentes, disse que iam ser intrasponíveis e penso que o foram. E digo com toda a convicção que Sidnei e David Luiz irão fazer uma dupla extraordinária e que Miguel Vitór será um suplente à altura. Carlos Martins esteve bem melhor do que em Itália e Cardozo muito lutador. Maxi não comprometeu e marcou um golo. E o que dizer de Quim que ainda não tenha dito?

Quique Flores esteve bem no 11 inicial e nos jogadores que entraram. Eu tinha tirado Carlos Martins para entrar Aimar, colocando o argentino a pegar na bola logo na fase inicial de construção onde toda a sua magia pudesse ser posta em práctica com três jogadores, Cardozo, Reyes e Nuno Gomes à sua frente para receber a bola. Depois entrou Balboa e saíu Ruben, a intenção era dar velocidade ao flanco aproveitando a subida da equipa do Paços. Por fim Di Maria por Reyes apenas para refrescar. Nota positiva para o nosso treinador na gestão do banco. Depois de Nápoles mais um jogo em que o Benfica luta até ao fim sem quebrar fazendo crer que o que aconteceu no jogo com o Porto foi o acaso. Esperemos que sim.

Bruno Paixão, dentro do que lhe conhecemos, não esteve mal. Muito bem a analisar o lance o penalty, braço bem no ar a desviar a bola. Menos bem num lance, completamente desnecessário, de Nuno Gomes em que o vermelho devia ter sido o cartão correcto. O segundo golo do Paços nasce de uma falta completamente absurda assinalada contra o Benfica. Sidnei é carregado pelas costas, na mais típica falta assinalada sobre um defesa que protege a saída da bola e Bruno Paixão nada assinala marcando sim falta quando Sidnei agarra a bola. Não me lembro, nestes anos todos de futebol, de um lance daqueles não ser falta atacante. Não me lembro.

Não estamos bem, mas também não estamos assim tão mal. Estamos a sofrer golos estranhos, demasiados ressaltos, frangos, cortes defeituosos. Ainda não sofremos um golo "decente". Aos poucos Quique vai conhecendo a equipa e o campeonato, os jogadores vão-se adaptando e rotinando. Continuo a achar que estamos no bom caminho e esta vitória irá permitir uma semana mais tranquila para que os próximos três jogos resultem em três vitórias e num definitivo arranque para fazermos "coisas bonitas" esta época.

Nós e os outros

A poucas horas de um jogo importante para o Sport Lisboa e Benfica vemos os rivais directos terem sortes distintas nos seus jogos desta jornada apesar de terem algo em comum: Não jogaram nada.

Tal como o Benfica quando foi a Vila do Conde, os corruptos também empataram. O grande clube, muito bem organizado, com o melhor plantel de todos, etc etc também joga mal e também perde pontos, algo bem frequente, por sinal, quando não têm as ajudas habituais.

Os lagartos, também a jogar mal, conseguiram desenvencilhar-se de um chato Belenenses com um golo à Postiga (começa a ser frequente o Postiga marcar golos destes ao Belém...) e depois com um penalty seguraram a vantagem.

Eu não quero que o Benfica tenha este tipo de ajudas mas quero que o Benfica não seja roubado. Não ponho em causa o penalty a favor do Sporting mas o penalty sobre o Aimar em Vila do Conde é muito mais ostensivo, muito mais evidente, muito mais óbvio e com o árbitro em muito melhor posição e, mesmo assim, ficou por assinalar. A jogar mal, tal como o Sporting, tínhamos conquistado os 3 pontos contra o Rio Ave e a história começaria logo a ser diferente desde a primeira jornada. Sobre o penalty reclamado pelos corruptos é só ler/ouvir o que eles disseram, neste mesmo blog, sobre penaltys idênticos a favor do Benfica...

Eu continuo a bater nesta tecla porque enquanto os benfiquistas não compreenderem totalmente a importância destes "pequenos" pormenores continuarão a exigir à equipa o impossível. E desse modo será dificil colocarmos o Benfica no lugar que queremos.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Napoles - SL Benfica : 3-2

Num jogo de muita oscilação exibicional a derrota por 3-2 acaba por não ser uma tragédia, levando para a Luz a resolução da eliminatória como era esperado.

O que mais me custa neste tipo de jogos é sentir que o Benfica perde oportunidades de vencer equipas fortes em campos difíceis. Este Napoles está perfeitamente ao alcance do Benfica e não fosse uma estranha tremideira defensiva em fases do jogo e acredito que teríamos trazido de Itália um resultado positivo. Houve coisas que detestei, perdas de bola infantis e passes completamente despropositados mas houve outras coisas que me fazem acreditar que esta equipa seja capaz de nos dar alegrias. A forma como a maioria dos jogadores lutou, certas movimentações, a preocupação em sair com a bola jogável e a circular pela equipa...são aspectos positivos que, naturalmente, tendem a melhorar cada vez mais com treino e jogo e tempo.

O Benfica começou um jogo muito bem, personalizado, a pegar na bola e a controlar. Suazo muito mexido e lutador dava mostras que de querer convencer os benfiquistas, e tratou de o fazer inaugurando o marcador numa fase de claro ascendente do Benfica. Com esta atitude não tenho a menor dúvida que Suazo irá ser um fantástico jogador no Benfica, estes primeiros minutos mostram uma garra e atitude que, por exemplo, Reyes não demonstrou. O espanhol esteve cerca de 60 minutos alheado do jogo mas depois, no último terço do jogo, deu um belo ar da sua graça. Que seja para continuar. O golo de Suazo nem deu para festejar decentemente pois de imediato os italianos empataram e de seguida marcaram mais um passando para a frente do marcador. Somos mesmo um clube ao qual a sorte nada quer, sofremos três golos às tabelas mas, perto do fim, Luisão reduziu e permite que a esperança continue bem viva na passagem à fase de grupos da Taça Uefa. 3-2 é um resultado bem melhor que 2-1 e muito melhor que 1-0. Por isso, a ter que perder, não foi mau.

Como já disse tivemos momentos muitos bons e momentos muito maus, gostei muito de Sidnei, Yebda, Suazo e Luisão, não gostei nada de Di Maria e Carlos Martins. Reyes conseguiu salvar uma exibição mediocre com 30 minutos finais muito bons. Luisão também esteve bem. Katsouranis, Balboa e Nuno Gomes entraram bem no jogo ajudando muito a equipa a acalmar e a assentar o jogo podendo dessa forma ir à procura da baliza adversário tendo tranquilidade cá atrás. Não acho que Urreta tenha estado tão mal como os comentadores falavam. E ter que aturar comentários do Simões é arrepiante.

Uma das coisas que mais se receava era qual a condição fisica da equipa após o jogo com os andrades, penso que a resposta foi positiva ainda para mais com a lesão de Suazo que obrigou a equipa a jogar com "10" largos minutos. Vamos ver agora em Paços de Ferreira mas acredito que a equipa irá responder bem.

A arbitragem falhou claramente no aspecto disciplinar. Blasi tinha que ter visto o segundo amarelo numa entrada duríssima sobre Carlos Martins que não deixa qualquer dúvida e depois a falta que origina a lesão de Suazo também devia ter sido sancionada com um cartão vermelho. O lance em que Sidnei reclama penalty é duvidoso, já vi piores a serem assinalados. Mas as duas expulsões que deviam ter acontecido não têm discussão. Quando será que conseguimos uma arbitragem 100% correcta?

Com este resultado fico à espera da sms ou email do clube com os dados para comprar o bilhete pois a eliminatória está em aberto. Não vai ser nada fácil na Luz os benfiquistas terão que saber ter paciência. Os italianos vão-se fechar e explorar o contra-ataque como adoram fazer. Mas antes disso temos Paços e Sporting.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Fama #2

Jornal de Notícias de 17 Setembro 2008.

Só não gostei da forma como alteraram o teor do último parágrafo. JN, O Jogo...no Porto estão atentos ao Mágico.

terça-feira, setembro 16, 2008

Disciplina

Se o caso Cardozo se tivesse passado noutro clube todos falariam em disciplina dura, dando rasgados elogios à forma rápida e concisa como os responsáveis agiram e "puniram" o jogador. Como foi no Benfica o mesmo cenário tem, obviamente, criticas diferentes. É o costume.

Algo se passou entre Cardozo e um adjunto. Quique Flores impôs a sua autoridade. O jogador foi castigado. O Director Desportivo diz que o assunto está resolvido. Cardozo voltou aos treinos.

Parece-me que a estrutura funcionou. Sem saber mais pormenores parece-me que o assunto foi resolvido de forma profissional, célere e sem grandes intervenções públicas, excepto o empresário do jogador e sobre isso parece-me pacífico reconhecer que o Benfica não tem culpa nenhuma.

sábado, setembro 13, 2008

Entrevista a Quique Flores

Quique Flores em Entrevista à Bola

Ao longo de duas horas de entrevista, o treinador do Benfica fez para A BOLA o primeiro balanço de um Benfica renovado. Quique Flores sabe os terrenos que pisa, sabe com o que pode contar e garante, sem falsas modéstias, estar «muito preparado» para esta etapa da sua carreira. Não promete títulos, mas quer ver os adeptos a sonhar...
Entrevista de josé manuel delgado, paulo alves e fernando urbano

Estava à espera de encontrar aquilo que encontrou no Benfica? A dimensão do clube, a pressão que existe...

— A percepção inicial era essa. Sabia que o Benfica é o clube maior de Portugal, sabia da sua história. Mas o nível das infra-estruturas confesso que superou as minhas expectativas: são do melhor que há na Europa. É importante que esta dinâmica de crescimento se mantenha e espero poder contribuir.

— Já sentiu que no Benfica existe pressa em fazer as coisas bem?

—Foi um dos desafios que me levou a aceitar o convite. Os clubes grandes têm visão ampla. E quem tem visão ampla não está preocupado só no dia-a-dia, tem projectos com horizontes largos. E isso serve para caminhar em frente. E quando se caminha em frente apanha-se chuva miudinha, que nos dá capacidade para chegarmos ao que queremos. Não gosto de estar à porta das urgências, pois aí todos se precipitam. Um treinador até pode ganhar um título nas urgências, mas se ele sair e chegar outro, sem a mesma planificação, o título anterior não servirá de nada.

Sabia que iria ter um início de campeonato forte. Esperava chegar à segunda jornada com apenas dois pontos?

— Quando começamos um campeonato queremos sempre arrancar bem. Mas o que se faz em dois jogos pode ser muito enganador. Não é o melhor arranque, mas é o arranque normal. O campeonato é uma prova de resistência, não de velocidade.

— Já dissera, ainda antes do início da Liga, que precisava de mais um mês de trabalho...

— Ainda estamos muito longe da equipa que queremos ser. Nestes dois meses mudámos a dinâmica da equipa. Tivemos uma pré-época dura, defrontámos equipas fortes. Por exemplo, a equipa tem uma dinâmica que se perde agora [ausência de muitos jogadores nas selecções] mas estamos a tentar fazer tudo para tornar esta equipa ganhadora. Uma equipa como o Benfica tem de estar habituada a ganhar. Mas para isso é preciso tempo.

— Mas sente que tem condições para lutar pelo título?

— A nossa obrigação é estar o mais alto possível e adeptos devem ter esperanças altas, é o seu papel. Quero uma ambição medida, não desmedida. Toda gente tem ambições, mas mais importante que isso é o projecto, o trabalho, o conhecimento. Queremos procurar títulos, estar na linha da frente, mas a pressão desmedida acaba por ser um contra para os próprios jogadores. Se eles jogam pressionados, com tensão normalmente jogam mal, não acertam três passes seguidos. Não confundir pressão com responsabilidade. Tudo farei para tirar pressão aos jogadores, mas a responsabilidade terá de ser total. Quando assinei fiquei impressionado com o estádio, grande, moderno, capaz e preparado para receber grandes espectáculos e disse ao presidente e ao Rui que o nosso principal objectivo para esta época é alimentar a ilusão, mas para conseguir isso temos de ganhar jogos. E se ganharmos jogos somos candidatos ao título.

— Ajudou a criar projectos no Getafe e no Valência. Mas não os terminou. Aqui gostaria de construir e finalizar o seu projecto?

— Quando uma casa começa a ser construída depressa de mais fico sempre com dúvidas. É preciso saber se as bases estão bem solidificadas, se as paredes estão bem colocadas. No Benfica ainda estamos a trabalhar a base. Nós temos um projecto de dois anos e espero que sejam dois anos que venhamos a recordar como bons e deixar bases sólidas para o futuro.

— E não tem medo de falhar?

— Conheço muita gente no futebol com medo de falhar. Mas eu não tenho, sou sincero. Passei por situações tão difíceis e dramáticas na minha vida pessoal a ponto de ter aprendido a relativizar tudo o que diz respeito ao futebol. Não o considero uma brincadeira, mas relativizo-o. É importante, porque traz felicidade às pessoas, mas é apenas futebol.

— Essa sua forma de pensar contraria a imagem que fazíamos de si: um viciado em trabalho...

— [risos] Podemos trabalhar muito, mas isso não significa que não possamos relativizar o que fazemos. Por isso é que não tenho nem quero ter medo, porque o medo paralisa as pessoas. E se não tenho medo, sou seguro do que faço. A segurança pode custar a obter, mas tenho razões para a ter: primeiro porque tenho um grupo de trabalho excepcional; segundo, porque sinto-me muito preparado para fazer o que faço.

«chateado quando um jogo sai do guião»

— O que faltou para ganhar o jogo com o FC Porto?

— Faltou que ficámos com menos um jogador. Se tivéssemos jogado sempre com 11 jogadores acho que poderíamos ter terminado o jogo como o começámos. Mas circunstâncias várias mudaram o rumo do encontro. Fico muito chateado quando acaba o jogo e percebo que o guião foi muito alterado da nossa parte.

— E o que saiu do guião?

— Estávamos preparados para uma coisa e saímos do nosso guião. Fizemos o 1-1 e sentia que podíamos chegar ao 2-1, mas entretanto deu-se a expulsão e nessa altura tive de mexer na equipa.

— E tirou Cardozo...

— Foi uma das substituições mais dolorosas que tive de fazer na minha carreira, temi que não fosse entendida, mas fiquei contente porque as pessoas perceberam as circunstâncias. Mudei porque estava a ficar com a sensação que íamos sofrer muito com dois avançados.

— A expulsão foi determinante para o aparecimento dos problemas físicos?

— São coisas diferentes, não tem a ver com isso. Porque quando se joga com dez a generosidade aumenta. Quando isso não sucede, é preciso analisar porquê.

— Falou-se muito sobre a questão física. Foi a mudança dos métodos de trabalho que provocou a falta de pernas no 'clássico'?

— Em termos físicos, temos a máxima confiança no trabalho de Pako Ayestarán. É um homem de muita experiência europeia, conseguiu muitos êxitos, leva 20 anos a treinar em clubes de top. Quando analisámos juntos o jogo com o FC Porto, chegámos à conclusão de que duas ou três situações, que entendo devem ser debatidas apenas internamente, provocaram várias reacções em cadeia.

— Quer explicar melhor o que quis dizer quando afirmou que os jogadores não estavam habituados a esta forma de trabalhar?

— Acho que fui mal interpretado, porque não gosto de entrar em comparações com o que outros treinadores fazem. Mas a verdade é que os jogadores têm sido submetidos a uma exigência física muito grande, quer no trabalho diário, quer nos próprios jogos. Porque temos-lhes pedido muita coisa: que tenham boa condição física, boa capacidade de recuperação, capacidade de subir rapidamente à área contrária, fazer pressão... estamos no princípio da época e isto leva tempo.

— A preparação física é baseada consoante o modelo táctico?

— Exigimos que os jogadores tenham uma grande capacidade física. Se queremos manter a defesa um pouco mais alta, significa que os avançados tenham ainda mais capacidade para impedir que a equipa adversária pense quando tem a bola; se queremos atacar sem sermos sujeitos a contra-ataques perigosos e possamos defender 40 metros atrás, teremos de ter uma capacidade de recuperação muito boa. Para isso é preciso ter uma grande preparação física: ter força, velocidade e resistência. Estamos num processo em que o trabalho de Pako não pode ser considerado melhor ou pior: é diferente. Logo os jogadores demoram a adaptar-se.

— Para si, todos os jogadores têm de trabalhar defensivamente?

— Têm de trabalhar. A mecânica de uma equipa é feita em cadeia.

«Reyes pode 'explodir' no Benfica»

— Cardozo e Suazo podem jogar juntos?

— Perfeitamente. No Valência coloquei Villa e Morientes juntos, por exemplo. No meu tempo no Getafe também jogavam dois avançados. Mas há uma coisa que devo dizer: a nossa forma de jogar não é condicionada pelos resultados, a preparação dos nossos jogos é feita de acordo com o que convém à nossa equipa. Mas também temos Nuno Gomes...

— Pode alguma vez jogar com este trio: Cardozo, Nuno Gomes e Suazo?

— É complicado, porque são três avançados que não casam de forma a dois deles poderem jogar à frente e outro atrás deles, ou alguns deles jogarem pelas alas. Dois deles juntos, sim; os três, não. Suazo fará bem a posição de ala, mas não Nuno Gomes ou Cardozo. É muito importante que quando se esquematiza um sistema, que isso se faça pela qualidade dos jogadores.

— O que espera de Reyes no Benfica? Já foi considerado um dos melhores atacantes do Mundo, depois foi caindo.

— Reyes está aqui porque consideramos que é um jogador importante, que pode provocar desequilíbrios. Mas há que ter cuidado especial na gestão do rendimento de determinados jogadores, porque estão numa situação quase limite, que a todo o momento podem rebentar. E isso depende muito da vontade desses jogadores. Não lhes prometemos mais que a outros. A Reyes dei-lhe a entender que no Benfica pode explodir, mas dentro do plano que traçamos, ou seja, que está num bom clube e com uma boa equipa técnica. Mas eu não sou um psicólogo dos jogadores de futebol. Sou um treinador que deve gerir parte das emoções mas não a partir do momento em que estes vão em direcção contrária. Porque quando isso acontece eles transformam-se em estátuas de pedra. Portanto, no caso dos jogadores que eu pedi, como Reyes, penso sempre positivo: que são jogadores talentosos, com oportunidade de explodirem e, se o fizerem, são jogadores de nível superior.

— E está com alegria a trabalhar?

— Sim. Só trabalhou connosco duas semanas antes do jogo com o FC Porto. Gostei da forma como entrou com o Inter e fez um bom jogo com o FC Porto. Não tanto pelo desequilíbrio, porque era um jogo difícil, mas analisando o jogo posteriormente chega-se à conclusão que ele se esforçou muito. E nós sabemos o que ele fez nos últimos anos. Por isso acho que foi um bom começo para ele. Mas se achar que o que ele fez é suficiente, é um erro. Deve continuar a trabalhar o seu sistema emocional para recuperar a sua confiança como jogador, à semelhança de Suazo, pois ambos vivem situações semelhantes.

— Disse um dia que Aimar é um jogador «mais para decidir jogadas do que jogos». É assim que o continua a ver?

— Na altura disse isso quando me pediram para o comparar a Riquelme. Sobre Aimar recordo os bons tempos que passámos no Valência. Fez uma espectacular dupla de ataque com Villa. Pensa muito rápido e raramente se engana. Porque há muitos jogadores que pensam rápido mas que se enganam muito.

— Ele ainda não mostrou o seu verdadeiro valor?

- Ainda não houve tempo para se ver o verdadeiro potencial de todos os jogadores do Benfica. Há uma grande curiosidade em ver o que fazem estes jogadores novos. Se eu fosse adepto, todos os jogadores ainda estariam por descobrir. Há coisas que os jogadores vão mostrando pouco a pouco, mas eles ainda estão muito longe de fazer aquilo que podem fazer mais para a frente.

— Aimar precisa de um trabalho específico, tendo em conta o seu passado de lesões?

— Com Aimar é preciso haver alguma delicadeza, pois tem um historial diferente de outros. Mas há que lembrar isto: ele nunca teve problemas físicos connosco no Valência e existe uma confiança enorme de que o melhor Aimar viu-se nos tempos em que trabalhou com Pako Ayestaran. Aimar estará em boas condições para nos ajudar a ganhar muitos jogos.

— Em que posições pode ele jogar?

— Como médio, segundo avançado (como o tem feito no Benfica) ou jogando nas alas.

A— Na sua cabeça conta com o avançado Di María?

— Sim, claro. Creio que seria muito mau para o Benfica, para a equipa, se assim não fosse.

— A questão é que só podem jogar 11: não terá problemas com jogadores que não aceitem o banco?

— Nunca tive problemas em relação a isso. Para mim não é nenhum drama ter de fazer a convocatória ou escolher o onze. E não é nenhum drama porque essa é a minha profissão. Não digo que ocasionalmente não tenha dúvidas, mas isso é normal. Não me esqueço dos jogadores que não convoco e preocupo-me com eles, mas tenha a consciência tranquila quando faço a equipa.

— Não foi arriscado colocar Di María no clássico, pois tinha trabalhado pouco tempo consigo?

— Foi uma tentativa de aproveitar uma dinâmica positiva. Trata-se de um jogador que acabou de ganhar uma medalha de ouro nos olímpicos, era um jogador que vinha muito motivado e tínhamos que aproveitar isso. Além disso, é um jogador que já conhece bem o Benfica e o ambiente nestes grandes jogos.

— Os colossos europeus descobriram de repente Di María, sendo ele um jogador muito novo não afectará a sua cabeça?

— Creio que não. Ele está com a cabeça no Benfica e sabe que é esta equipa constitui uma forma de ter maior visibilidade na Europa. Ele saberá como agir quando tiver ofertas e o melhor para ele neste momento é seguir no Benfica.

— Saiu Petit, que era um dos históricos. Na época passada saiu Simão. Quem pode ser o líder do balneário agora?

— Eu prefiro ter líderes dentro de campo do que líderes no balneário. Conheci poucos líderes de balneário na minha carreira de jogador. Lembro-me de alguns no Real Madrid, como Hierro, Sanchis, Butrageño, Michel, mas não existia essa liderança espectacular no balneário como as pessoas pensam. Não acredito muito nisso, essa liderança reduz-se a casos muito particulares como foi o caso de Beckenbauer, Bobby Charlton, jogadores que tinham uma grande personalidade. Gosto, isso, sim, dos jogadores com forte personalidade quando entram no relvado, que tenham a capacidade de resolver as situações. Porque no balneário podemos ser todos muito educados ou mal-educados, mas essa situação cabe aos treinador analisar. Mas no campo não posso fazer nada: tenho um limite, ficamos no outro lado da fronteira e quem resolve os jogos são os jogadores. E aí é que surgem os líderes.

— E quem pode ser esse líder no campo?

— Ainda é muito cedo para dizer. Luís Aragonés diz isto há muitos anos: «Não quero ter um líder, antes quatro ou cinco 'corredores de segurança' dentro de campo.» Concordo totalmente.

— Mas gosta de ter um jogador que seja a extensão do treinador dentro do campo?

— Sim. Às vezes não dá para falar com quatro ou cinco jogadores ao mesmo tempo e esse elemento é fundamental numa equipa. Mas que aparece de uma forma muito natural. No Valência, tinha Ayala.

— A liderança no campo pode ser dissociada da liderança no balneário? Como é que um jogador dá instruções a outro se não tiver moral junto do colega?

— A nível de sistema de jogo, todos são novos. Todos partem do zero! Mas há jogadores que começam a perceber mais rapidamente o método e ter influência junto dos colegas. Não gosto de particularizar, mas tenho de dizer que Luisão está a entender bem a nossa metodologia e que de alguma forma está a colaborar muito para que as coisas se encaixem. Não é pelo facto de ser o capitão na ausência de Nuno Gomes, mas pelo facto de ter uma visão panorâmica lá atrás, na defesa, podendo ver o que está a ser bem ou mal feito.

«Nem sempre se ganha jogando bem»

— O seu futebol é de ataque?

— O meu futebol é de uma visão ampla. As minhas equipas tanto jogam mais atrás como mais à frente. Há seis anos que treino e posso dizer que em cada época, apenas um ou dois jogos me surpreende relativamente ao que espero das minhas equipas. A minha forma de estar no futebol é esta: não ter surpresas. Quero que no final da época, e depois de 60 jogos, os jogadores pensem: «jogámos tal como o treinador nos pediu.» Isso é muito importante. Quanto ao futebol mais ofensivo ou não, depende muito dos jogadores.

— Quem joga bem está mais perto de ganhar?

— Não. Quem tem bons jogadores está perto de jogar bem. Mas nem sempre se ganha jogando bem.

— Mas muitas vezes ouvimos os treinadores queixarem-se do azar, quando o dever das suas equipas é jogar bem...

— Sou mais apologista desta ideia: quanto mais trabalhas, mais êxito tens. Porque isso da sorte ou azar... isso não. Trabalho e sorte é um casamento muito feliz mas...

— Quer as suas equipas a jogar sempre com dois médios centro?

— Tenho uma visão ampla. Não condiciona o equilíbrio da equipa se tivermos um jogador a actuar atrás de dois avançados; ou se tivermos apenas dois médios-centro; ou apenas um médio-centro e quatro jogadores mais à sua frente, como fez a selecção espanhola.

— No futuro poderá fazer alterações tácticas ou este sistema é para manter?

— Quando se está a criar um menino (e esta analogia aplica-se ao trabalho que estamos a fazer no Benfica) não se pode mudar muita coisa antes de saber se ele será bonito, feio, louro ou moreno. Por isso, há que aperfeiçoar um sistema para posteriormente trabalhar as suas variantes. Queremos ter segurança nesse trabalho, pois a partir daí poderemos trabalhar os mesmos movimentos, mas vários metros à frente ou atrás.

— A qualidade do futebol é muito diferente de Espanha para Portugal?

— Sobretudo a nível dos recursos. Os clubes médios em Espanha subiram muito nos últimos anos, têm orçamentos muito elevados e isso creio que é o que faz a diferença entre as duas ligas. Daí o futebol ter depois maior competitividade, porque qualquer equipa pode perder em qualquer estádio.

«David Luiz tem nível mundial»
O treinador espanhol vê grande futuro para o central, mas, para já, prioridade à recuperação

— David Luiz: o que se passa com ele?


— Está há muitos meses sem jogar, e quando isso acontece os jogadores 'oxidam'. É normal neste tipo de processo. E a oxidação num futebolista não é fácil de recuperar. É verdade que vejo muitas qualidades no David, incluindo a capacidade de sofrimento, pois, por vezes, treina-se com dor. Em condições será um jogador capaz de atingir um nível muito alto, a nível mundial, um dos melhores centrais da Europa. Mas primeiro temos de lhe retirar essa oxidação, que lhe afecta desde a parte muscular até à parte psicológica.

— Quando pode voltar?

— Não sabemos. Esta semana mudámos a dinâmica de forma a ajudá-lo da melhor maneira possível a ultrapassar esta fase.

«Satisfeito com Diamantino»
Diamantino e Chalana têm, garante, papel fundamental na estrutura da equipa

— Muito se tem falado de Diamantino e Chalana. Quais são, na realidade, as suas funções?


— Quando chegámos, aquilo que dissemos é que cada um tivesse lugar num posto onde fosse mais eficaz, pois além do trabalho de campo há muitas outras coisas a ter em atenção. E os resultados daquilo que têm feito deixam-me muito satisfeito, tanto ou mais como o trabalho de campo.

— Mas fica ou não 'enfadado' quando vê que um adjunto se senta na tribuna presidencial ao lado do director-geral?


— Eu não perco tempo a analisar esse tipo de coisas. São fruto da especulação jornalística. Durante os jogos concentro-me apenas no que se passa no relvado e em como posso ajudar a equipa, nada mais... Não valorizo essas situações.

Sidnei

— Quando entrou com o FC Porto não se equivocou e marcou na linha, que é o que pedimos aos defesas. Ficámos com muito boa impressão. Estes jovens têm de saber fazer a leitura do que é chegar a um clube como o Benfica e esperar pela sua oportunidade e estar preparados. Mesmo que não jogue, é importante que esteja preparado.

Luisão

— Ainda não sei se vamos poder contar com ele para os próximos jogos da Liga. Este castigo é uma situação estranha, sancionar um jogador pelas imagens... lances como aquele em que esteve envolvido, na marcação de um canto, acontecem todos os jogos, em plena área, é uma situação constante. Mas resulta mais estranha quando verificamos que outro tipo de imagens não foi transmitido, no caso o episódio entre Rodriguez e Nuno Gomes. Esta semana um jogador nosso falou que tinha sido uma discussão normal em futebol? Isso está certo! A discussão a seguir à agressão é normal... o que não é normal é a agressão que a antecede.

Zoro

— Não entrava nas minhas contas. É verdade e nunca o escondi, mas como não foi possível resolver a sua situação foi reintegrado. Quero o melhor para ele e o facto de não ser opção aqui, não significa que não possa ser feliz em outro clube. Neste momento está reintegrado e vai continuar a trabalhar.

Mantorras

— Está num processo em que tem de melhorar a sua condição física. Esteve também muito tempo parado, teve uma lesão muito grave. Quando estiver bem, faremos uma reavaliação. Temos de respeitá-lo enquanto pessoa, que teve um grande infortúnio, e recuperá-lo para a competição.

Nuno Gomes

— Contamos com ele. No Verão falou-se e escreveu-se que ele podia sair, mas em nenhum momento esteve fora dos nossos planos. Nuno é muito participativo em tudo. Por exemplo, durante o estágio em Óbidos, quando fomos atravessar o rio nas jangadas ele foi dos que tiveram maior intervenção na construção da jangada. Expôs a sua magnitude sendo o primeiro a avançar para o desafio. Como jogador também é assim.

Katsouranis

Quique assume «conversa dura mas franca» com o grego após o clássico. Conta com o jogador, mas admite deixá-lo sair se este quebrar as regras
Katsouranis teve dois erros individuais no clássico e é público que não se sente feliz. Acha que o seu subconsciente o terá traído?

— Sem falar no caso concreto de Katsouranis, conto o que aconteceu comigo no Valência: quando eu sentia que um jogador não estava bem mental ou fisicamente, aplicávamos a regra da substituição. Mas isto não se aplica a Katsouranis.

— Se ele jogou, é porque sentia que estava bem física e mentalmente?


— Nós só queremos jogadores que queiram defender as cores do Benfica, que quando entrem em campo se apresentem no limite das suas capacidades. Se há limitações, assumimos, mas aí o erro será do treinador.

— Foi apenas um dia mau para ele, é isso?


— Não quero particularizar. Aquilo que disse sobre a regra da substituição, quando acho que um jogador não esteja a render o que considero ser o ideal, não se aplica ao caso de Katsouranis. Mas esse exemplo deve ser seguido para o futuro.

— Mas falou com ele? Já tinha dito que queria sair...

— Devo dizer que desde o início Katsouranis sempre foi muito responsável, muito frontal. Quando chegou, depois das férias, explicou-me qual era a sua situação, aquilo que pensava e sentia. A posição do clube foi-me comunicada através de Rui Costa. E depois de uma análise ponderada, é sabido que contamos com ele, é um jogador importante. Depois do clássico Katsouranis quis falar comigo... falámos e tivemos uma conversa dura... dura mas franca.

— Em que aspecto?

— Dura... Não é algo negativo, é saudável, mas são coisas que devem ser internas.

— Foi uma conversa difícil...

— Difícil não... dura. Ele teve uma boa atitude em pedir desculpa, mas para mim há certas coisas que quando se repetem já não servem...

— Mas continua a contar com ele para o futuro?


— Sim, claro. Contarei com ele sempre que achar que é necessário.

— E se continuar a querer sair...


— Nós contamos, como contámos, com Katsouranis e assumimos que é um jogador importante. Mas só é importante em determinadas condições. Se respeitar essas condições tudo correrá bem. Foi isso que de início lhe disse a ele e ao clube. As condições sou eu que as defino e ele, com o tempo, terá de as respeitar. Se o fizer, pois continuará connosco... se não respeitar, deixará de estar.

— É verdade que ele lhe disse que preferia não jogar a central?

— Não, isso nunca foi abordado. Vejo Katsouranis como um jogador muito polivalente, com uma certa agressividade, forte na defesa e que sabe sair com a bola controlada e que além disso desempenha várias posições no meio-campo. É um jogador de top, muito semelhante a outro que já orientei no Valência e que também esteve no Benfica: Marchena.

Agradecimentos mágicos ao Encarnado e Branco.


sexta-feira, setembro 12, 2008

Soltas #69

- Alguem consegue explicar porque é que este fim de semana não há Liga Sagres? Depois de duas jornadas o campeonato parar três semanas em que na última não há nada relevante é de génio. E as queixas dos clubes pequenos, pelos prejuízos causados, não tardaram.

- Desta surrealidade tão tuga salva-se o facto de Quique Flores ficar com mais tempo para recuperar os indices físicos da equipa e dos lesionados. A jornada europeia começa já na próxima quinta feira com uma ida ao já de si infernal San Paolo, agora a ferros e fogo, por causa dos estragos que os napolitanos fizeram na deslocação a Roma.

- Vai ser um jogo tremendo mas tenho que acreditar que o Benfica é capaz de vencer esta equipa italiana. Um bom resultado lá para depois a Catedral receber os italianos com 65 mil nas bancadas. Estou muito expectante (e entusiasmado) com a estreia de Suazo.

- Como é habitual neste cantinho à beira mar plantado, as autoridades foram muito rápidas para moverem um sumaríssimo a Luisão mas perderam o gás todo para analisarem o pontapé do Cebola ao Nuno Gomes.

- A Selecção jogou e perdeu. Na blogoesfera aqueles que mais criticaram Scolari defendem-se dizendo que a equipa jogou à brava e só por manifesto azar é que perdemos. Eu não vi o jogo, mas diz quem viu que aos 5 minutos a Dinamarca já podia estar a vencer por dois...azar ou sorte neste caso?

- Mourinho não para de elevar a fasquia a Quaresma. Ou sai dali o melhor jogador do mundo ou então o maior flop da história. Entretanto lá vai indo nos seus mind-games com os técnicos adversários...

- Berbatov, Rooney, Tevez e Ronaldo. Cabem todos num 11? Amanhã temos clássico inglês Liverpool-Manchester United enquanto o Chelsea vai a Manchester defrontar o clube do arábe maluco.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Apolítico

Depois de Vilarinho ter pedido aos benfiquistas para votarem no PSD agora foi a vez de Luis Filipe Vieira parabenizar, em nome do Sport Lisboa e Benfica, o vencedor das eleições em Angola.

Que o façam em nome individual, apesar de ser discutível, ainda aceito agora ligar o nome do Sport Lisboa e Benfica à política é algo que abomino completamente. Depois do triste episódio protagonizado por Vilarinho, Vieira repete a situação agora num cenário ainda mais complicado e dúbio que é a situação em Angola. Desnecessário, evitável e condenável.

PS:David Luiz com pubalgia. Que se passa com este míudo?

segunda-feira, setembro 08, 2008

Sossego

Com o campeonato parado tanto tempo e com o fecho do mercado de transferências para a Europa os benfiquistas vivem um estranho e pouco habitual período de sossego.

As notícias sobre o clube são poucas e sem sumo. Katsouranis já é um "problema" antigo, os jogadores vão recuperado das mazelas, as Selecções nacionais levam grande parte do grupo de trabalho, Vieira está calado, Rui Costa discreto, Di Maria nas páginas de jornais, nada de novo, nada relevante.

Enfim. Paz e sossego. Sabe bem.

sexta-feira, setembro 05, 2008

“Falaram-me que tinha havido clubes interessados, mas não sei muito sobre isso, Quero ficar no Benfica até Dezembro, depois veremos”

Di Maria citado pelo Record.

Acho que Di Maria tem um potencial que o pode colocar, rapidamente, como um dos melhores do mundo. Quando o vi a dar os primeiros toques na bola tive o mesmo feeling que tive quando vi Cristiano Ronaldo a jogar pela primeira vez. Mas ao contrário da vedeta portuguesa o jovem argentino parece não ser tão forte mentalmente. É verdade que Ronaldo não teve tempo sequer para pensar em sair pois foi logo para o United mas o Di Maria desde que chegou que abre demasiado a boca. Puto, um conselho, fala menos e treina e joga mais, vais ver que a transferência por que anseias virá com naturalidade, mas primeiro cresce.

quarta-feira, setembro 03, 2008

chute forte #4 - Com lealdade

O Luisão levou um sumaríssimo e não pode jogar contra o Sporting!

Para quem está esquecido, um sumaríssimo é um adjectivo no grau superlativo absoluto sintético e uma das melhores escolhas para quem está a tentar fazer uma rima com Eurico Veríssimo. Mas isso não interessa para este post. Também é, e isso já interessa, uma figura jurídica que o Conselho Disciplinar da Liga utiliza para punir os jogadores do Benfica, quando estes cometem infracções do foro disciplinar que não são sancionadas pelo árbitro, ou quando há uma grande vontade colectiva de punir um jogador do Benfica.

Antes deste sumaríssimo a Luisão, o Derlei, na altura jogador do Benfica, tinha sido o último jogador a ser premiado. Antes dele, não me recordo com exactidão, mas julgo que tenha sido o nosso saudoso Pitbull o eleito.

E porque é que o Conselho Disciplinar da Liga pune os jogadores do Benfica?

Porque, ao contrário do que acontece com os jogadores de outros clubes, os jogadores do Benfica não têm uma pinga de lealdade a correr-lhes nas veias! E como não são leais, não podem dar cotoveladas na tromba dos adversários impunemente. Já os jogadores de outros clubes, como por exemplo o fc porto, ou o sporting, para usar dois exemplos completamente escolhidos ao acaso, são exemplos de lealdade e, por isso, podem podem dar cotoveladas, pisar, cuspir, ou agredir seja de que maneira for, sem sofrer qualquer sanção disciplinar.

E, caso não saibam, a lealdade é uma qualidade que o clube transmite ao jogador!

Vejamos um exemplo prático.

O Derlei foi, durante alguns anos, jogador do porto. Desde os seus tempos de criança que o Wanderlei, como a mãe carinhosamente lhe chamava, demonstrou um grande sentido de humor e uma especial apetência pela brincadeira. Não espantou, por isso, que durante o período que passou no porto, tivesse dado cotoveladas, cabeçadas, pisadelas, golpes de karaté e até cuspidelas nos adversários. Às vezes até o fazia simultaneamente, o que não é nada fácil. Até lhe chamavam o Ninja! Mas tudo isto era feito com toda a lealdade! Nunca o Derlei agrediu sem bola um adversário de forma desleal, durante os anos que esteve no porto! Naturalmente, nunca o Derlei foi sujeito a qualquer sanção, porque a lealdade é um valor que interessa preservar! Aliás, a forma vigorosa e determinada como o Conselho de Disciplina da Liga não tomou absolutamente nenhuma acção em relação ao Derlei, mereceu uma ovação de pé de todos os que acompanham de perto o fenómeno desportivo nacional.

Depois o Derlei veio para o Benfica e deixou de ter lealdade. Não há unanimidade entre os cientistas sobre as razões que levam a que um traço de carácter desapareça assim, num piscar de olhos, quando um jogador muda de clube. Há quem diga que é dos ares, outros defendem que é da qualidade da água. Mas o que interessa é que acontece! E, por isso, à primeira cotovelada que espetou na tromba de um adversário, o Derlei não escapou ao sumaríssimo devido. É que sem lealdade, não vale! Aliás, a forma vigorosa e determinada como o Conselho de Disciplina da Liga puniu o infractor, mereceu uma ovação de pé de todos os que acompanham de perto o fenómeno desportivo nacional.

Agora o Derlei é jogador do sporting que é, como se sabe, o supra sumo da lealdade. Nem a Lassie é tão leal como o sporting e o Wanderlei, como a Lassie carinhosamente lhe chama, já sente esse lealdade a correr-lhe nas veias! Por isso, assim que o Derlei der uma cotovelada, uma cabeçada, uma pisadela, um golpe de karaté, ou uma cuspidela num adversário, pode esperar uma ovação emocionada de todos os amantes do desporto em Portugal. E ainda mais, se o fizer em simultâneo, porque não é nada fácil! Mas dizem que ele consegue e até lhe chamavam o Ninja! E a história passada permite-me acreditar que o Conselho de Justiça da Liga vai, de forma vigorosa e determinada, fazer absolutamente nada! Porque a lealdade é um traço de carácter que vale a pena preservar no desporto, mesmo que desapareça e reapareça, de forma inexplicável para os cientistas, à medida que os jogadores mudam de clube.

Eu acho que é da qualidade da água!

Cospe-lhes em cima, Bruno! Mete-lhe uma costela dentro, Wanderlei! Tu aí, de 3 metros de altura e equipamento vermelho, vais passar 2 jogos em casa que te lixas, que isto não é para andar a dar cotoveladas nos adversários... sem lealdade!

terça-feira, setembro 02, 2008

Soltas #68

- Ao fim de duas jornadas o campeonato para duas semanas. Serei sou eu a achar que é completamente estúpido este facto? Por sinal até vem a calhar ao Benfica. Ficamos com tempo para debelar as lesões e dar treino e adaptação aos novos jogadores. O próximo jogo oficial é logo contra o Nápoles?

- O melhor de Setembro é que fecha o mercado de transferências para a Europa e no Benfica não houve novidade de última hora. Acabaram-se as novelas. Para bem e para o mal é este o plantel com que o Benfica irá competir nos próximos meses até Janeiro. Em meados de Dezembro as novelas irão recomeçar. Até lá...descanso

- É um plantel forte onde poderá faltar apenas um lateral direito. Nélson não estava a ser o jogador esperado mas era lateral e era opção. Neste momento temos apenas Maxi como lateral e Quique irá recorrer a adaptações caso seja necessário. Não acredito que quer Quique quer Rui Costa tivessem deixado sair Nélson sem pensar no futuro da lateral direita. Se não foi contratado ninguem acredito que foi por opção.

- Dois jogos, dois empates, dois penaltys por assinalar a nosso favor, uma expulsão e um penalty contra. Enquanto isso outros protegem jogadores violentos, queixam-se de penaltys quando estão a golear e são recompensados por Sousas e Paixões do apito. Nada muda no futebol nacional.

- 98 jogadores foram contratados por Luis Filipe Vieira durante a sua estadia no Sport Lisboa e Benfica. São numeros aberrantes para um clube de futebol que se pretende estável e gerido com inteligência e contrastam com as palavras de Vieira que tanto apregoa que se acabou com as negociatas e revoluções de plantel, etc. Outros foram massacrados por muito menos.

- Finalmente a novela Quaresma acabou. Incrivel como querem fazer crer que o jogador mais influente dos corruptos nos últimos anos não fará qualquer falta à equipa. Fosse o Benfica a vender a sua pedra mais influente por menos de metade da clausula de rescisão e o sururu que não tinhamos. É muito estranho ver Mourinho a insistir tanto nesta aquisição. Parece-me mais um projecto pessoal do Special One do que outra coisa...

- Robinho no City, Berbatov no United. A cidade de Manchester em alta.

- Benfica empata, Barcelona perde, Real Madrid perde, Chelsea empata, Inter empata, Milan perde, Juventus empata, Roma empata, Liverpool empata, United perde...um fim de semana em grande para os gigantes da Europa...

- Gostei de ver as palmas e cumprimentos dos azuis no Estádio da Luz aos medalhados Olímpicos. Não estava à espera.