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domingo, outubro 30, 2011

SL Benfica - Olhanense: 2-1

Mais três pontos, rumo ao 33º, num jogo que tinha tudo para ser o mais tranquilo da época.

A fabulosa primeira parte do SL Benfica antevia o jogo mais tranquilo da época e o jogo perfeito antes de uma importante jornada da Champions. Era muito importante que os benfiquistas percebessem como foi boa, mesmo muito boa, a primeira parte da equipa. Não só pela vantagem de dois golos conseguida bem cedo mas, principalmente, pelo controlo total do jogo, pela rotação quase perfeita da bola pelos nossos jogadores, obrigando os jogadores da Olhanense a estarem sempre a correr atrás da bola, pelo ataque sempre pela certa nunca perdendo a concentração posicional defensiva. Excelente. Ao intervalo estava radiante com o jogo que vi o Glorioso fazer. Provavelmente os 45 minutos mais adultos que vi o Benfica fazer em largos anos. Estava confiante que a segunda parte seria o continuar de tão excelente exibição e o natural alargar do marcador e gerir o esforço para quarta feira.

Infelizmente assim não aconteceu porque num lance que ainda não percebi como aconteceu, em que a bola rasga a nossa área, passando por vários jogadores nossos sem se conseguir o corte (já sofremos 4/5 golos assim) o Olhanense reduz o marcador para a sempre intranquila vantagem mínima a nosso favor. E os 10/15 minutos a seguir é que me deixaram chateado porque estava à espera de uma reacção enérgica da nossa parte, carregarmos sobre o adversário para voltarmos a marcar e a ter uma vantagem mais confortável. Não foi isso que aconteceu, o Glorioso manteve a toada controlada, trocando a bola com a tranquilidade da primeira parte o que permitiu um crescimento no adversário que nos pressionou mais na nossa saída de bola. A verdade é que conseguimos de facto marcar um golo mas o fiscal de linha tratou de anular o golo a Cardozo mas já lá vamos a isso. A intranquilidade vivida resulta da vantagem mínima e não da capacidade do adversário de nos causar perigo. Isso não aconteceu mas, em futebol, um lance fortuito pode dar golo como teria acontecido em cima dos 90 minutos não tivesse Luisão tirado o golo a Djalmir. Este Benfica está muito adulto, muito pragmático na forma de encarar os jogos e isso é fantástico porque a jogar assim a probabilidade de vencermos é muito superior. E se conseguirmos fazer 90 minutos como os primeiros 45, cuidado!!!!

Jorge Jesus voltou à sua táctica de eleição com Matic a pivot defensivo e uma linha de três médios a apoiar a dupla atacante Rodrigo e Cardozo. E que estreia a titular de Rodrigo na Luz com dois golos de rajada. Cardozo menos interventivo em jogo mas foi muito importante para Rodrigo ter o espaço que teve e com arbitragem honesta tinha mais um golo na sua conta. Aimar foi, como sempre o maestro da equipa e acho que saiu cedo demais do jogo apesar de perceber a gestão que Jesus quis fazer. Witsel entrou bem mas eu gosto e prefiro ver os dois juntos em campo. A equipa como um todo funcionou quase na perfeição (o golo sofrido e a reacção menos agressiva do que desejava impede a nota perfeita) e que este jogo adulto seja para ficar.

Quando se vê um jogo no Estádio atrás de uma baliza os lances de fora de jogo são aqueles que mais benefício da dúvida se dá aos arbitros. Mas há lances que até nós conseguimos ver que são irregulares ou não. O golo anulado a Cardozo foi um desses, tive, no lance corrido, clara convicção que era legal, que ninguem estava fora de jogo. Infelizmente o senhor da bandeirola teve outra opinião e mais um golo limpo anulado ao Glorioso. Acho piada certos queixumes que certos clubes fazem da arbitragem. Como seria se tivessem realmente razões de queixa como tem o Sport Lisboa e Benfica? Felizmente não teve peso na distribuição de pontos mas o jogo teria sido totalmente diferente naqueles 15/20 minutos finais.

O minuto 75 prepara-se para ser uma imagem de marca no Estádio da Luz envolvendo todo o estádio e a equipa para 15 minutos finais à Benfica. A continuar bravos amigos, a continuar.

Aproxima-se uma série dura de jogos mas acredito que saíremos da mesma líderes do campeonato. Somos mais fortes, somos melhores e jogamos melhor. Manter a concentração competitiva, o respeito pelo adversário a cada jogo, lutar como até agora e honrar o Manto Sagrado e temos a receita para as desejadas vitórias.

Quarta feira há mais e lá estarei. CARREGA BENFICA!!!

terça-feira, outubro 25, 2011

Gaitan até 2016

Excelente notícia. Nico Gaitan renovou contrato com o Sport Lisboa e Benfica até 2016 mantendo a cláusula de rescisão nos 45 milhões de euros. O jogador, cobiçado pelos grandes da Europa, vê assim reconhecido a sua excelente e rápida adaptação ao clube e à crescente influência que está a ter na equipa.

Só falta renovar com Maxi.

E Pablo Aimar, claro.

segunda-feira, outubro 24, 2011

Números curiosos

O que a imagem retrata não é novidade para ninguem. Jornada após jornada repetem-se situações idênticas sempre com os mesmos intervinientes: os do apito a apitar e os de azul a beneficiar. Nada de novo.

O que não será novidade são os números que o grande Vermelhovzky do Antitripa se deu ao trabalho de recolher e fez o favor de publicar. São números que justificam muito do que por cá se passa e como se alcança a "superioridade" elogiada pelos avençados.

Desde a época 2006/2007 o SL Benfica e o clube corrupto realizaram 157 jogos na Liga nacional. O Glorioso teve 37 expulsões (média de uma expulsão a cada 382 minutos) enquanto que os corruptos tiveram 14 expulsões (média de uma expulsão a cada 1009).

Na Europa o SL Benfica realizou 61 jogos e os corruptos 55 jogos. Como acham que são os números na Europa? Surpreendam-se (ou então não):

O SL Benfica teve 3 expulsões (média de uma expulsão a cada 1830 minutos) enquanto que os corruptos tiveram 11 expulsões (média de uma expulsão a cada 450 minutos).

Esclarecedor!!!

domingo, outubro 23, 2011

Beira Mar - SL Benfica: 0-1

Se na Suiça gostei muito do jogo do Benfica, ontem, em Aveiro, não posso dizer o mesmo.

É verdade vencemos, que conquistámos os três pontos, que os merecemos, que fomos a melhor equipa, dominámos o jogo e estivemos sempre por cima mas não conseguimos "matar" o jogo quando tivemos oportunidades para isso e, dessa forma, não evitámos a tensão própria dos minutos finais por estarmos a vencer pela margem mínima e vulneráveis a um lance fortuito que desse golo ao adversário. Seria injusto, é verdade, mas seria futebol como acontece tantas vezes.

É um luxo poder começar um jogo para o campeonato nacional com Aimar, Gaitan, Javi Garcia, Rodrigo e ainda Maxi de fora e ver a equipa a manter os padrões de pressão e ritmo de jogo. Faltou alguma qualidade e acerto no passe final mas a equipa trabalhou bem em conjunto e jogadores como Amorim e Matic entram em campo e têm todas as rotinas com os colegas bem assimilidas e Bruno César e Nolito já não precisam de qualquer reparo. Tudo funciona em harmonia e como um todo. O Beira Mar deu mais luta do que o esperado uma vez que é a equipa com o pior ataque da Liga o que se estranha pois ontem mostrou ter futebol suficiente para apresentar outro tipo de números. Tivemos várias oportunidades para marcar mas foi após um brinde do adversário que o gajo do costume meteu a bomboca lá dentrou, acrescentou mais um risco na sua conta pessoal e deu a Jorge Jesus a ambicionada 50ª vitória. Na segunda parte os três grandes que estavam no banco entraram em campo para arrumarem a questão, Aimar e Gaitan de uma vez e Javi no final do jogo para fechar bem a loja. Os argentinos deram mais velocidade ao jogo do Glorioso e por várias vezes conseguiram rasgar a defesa adversária mas, lá está, o passe ou decisão final não foi a melhor. Das poucas vezes que o Beira Mar conseguiu chegar à nossa baliza Artur mostrou que estava atento e seguro.

Nolito e César foram titulares nas alas com Witsel como patrão do meio campo tendo Matic a apoiá-lo e Cardozo e Saviola na frente de ataque. Amorim foi o escolhido para substituir Maxi. Witsel fez um grande jogo e Saviola teve uma primeira parte muito boa. César foi muito activo na primeira parte enquanto que Nolito, pela primeira vez, senti que foi "fução" algumas vezes quando tinha melhores opções. Cardozo matador e podia ter feito o segundo num lance em que teve duas oportunidades para rematar mas perdeu o lance por procurar melhorar o angulo do seu poderoso remate. Artur seguro como sempre e a revelar grande agilidade a sair dos postes. Tivesse melhor jogo de pés e estaria no grupo de guarda redes de elite mundial.

Paulo Baptista não é só um mau árbitro, é um árbitro que gosta de provocar o Benfica, que gosta de provocar os jogadores do Glorioso. A primeira parte foi um exemplo perfeito de como é possível condicionar o jogo de uma equipa sem ser preciso penaltys ou golos anulados. Ignorava as falta sobre os nossos jogadores que cortavam os nossos lances de ataque e permitiam ao adversário contra ataques e assinalava todas as quedas deles mesmo que fossem em claras simulações. O amarelo ao Bruno César resulta de um desses lances onde um contra atque perigoso do Beira Mar nasce de uma falta claríssima sobre o nosso jogador que o árbitro deixou passar. Bem anulado um golo ao SLB por fora de jogo. Felizmente fomos fortes, mais fortes que estas manobras e vencemos.

Jesus ora garante que tem tempo suficiente entre jogos para recuperar jogadores ora, no final dos jogos, defende que os jogadores não recuperaram do jogo europeu. Witsel tem sido peça fundamental nesta equipa e por isso tem estado sempre em jogo e se juntarmos as convocatórias para a selecção belga o nosso CSI merece uma atenção especial por parte da equipa técnica para poder estar a 100% neste cicli de jogos duros que está para chegar.

Agora segue-se o Olhanense na Luz. Respeito pelo adversário, trabalho, empenho e apoio dos melhores adeptos do mundo. Vencer para depois nos concentrarmos de novo na Champions. CARREGA BENFICA!!!

sexta-feira, outubro 21, 2011

Caminhada para o 33

Este fim de semana teremos a oitavo passo da longa caminhada rumo ao 33º título de Campeão Nacional. Entramos numa fase, não direi decisiva mas, claramente, muito importante. Teremos dois jogos teoricamente mais fáceis para depois termos três jogos, teoricamente, mais dificeis. Acredito que se chegarmos à 13ª jornada só com vitórias que teremos dado um passo, provavelmente, definitivo rumo ao título. Não só pelos pontos conquistados a adversários directos mas também pelo golpe brutal que será no ânimo dos nossos concorrentes. E, não esquecer, irão jogar também entre si e perder, logicamente, pontos a nosso favor (desde que cumpramos a nossa parte de vencer os jogos que disputaremos).

Pelo meio destas jornadas teremos outras competições mas sei que temos plantel para enfrentar todos estes desafios. Sinto-me confiante porque sinto que a equipa está a trabalhar, está concentrada, está humilde, encara os jogos com uma seriedade excelente (contra adversários como o Otelul não fomos sobranceiros, fomos realistas e pragmáticos) que aumenta em muito as probabilidades de vitória. A qualidade é enorme, se o empenho e esforço acompanhar está encontrada a receita para a conquista do 33.

CARREGA BENFICA!!

terça-feira, outubro 18, 2011

Basileia - SL Benfica: 0-2

É incompreensível que, a vencer por dois golos de diferença a menos de 10 minutos do fim, Emerson se faça expulsar de forma infantil e Jesus seja posto fora do banco com consequências, provavelmente, para o próximo jogo...

E tudo estava a correr muito bem com mais um jogo muito adulto do SL Benfica nesta Champions a mostrar clara superioridade sobre o adversário mas sem nunca entrar em correrias doidas e numa procura desenfreada pela baliza adversária. Nada disso, o jogo do Benfica foi sempre tranquilo, sempre em controlo absoluto e não foi preciso muito para chegar ao golo. Jesus surpreendeu ao colocar o Rodrigo no 11 titular e, felizmente para todos, não correu nada mal. Bruno César na esquerda, Gaitan na direita, Aimar Javi e Witsel no meio completavam a frente ofensiva do Glorioso. E no banco meus amigos? Cardozo, Saviola, Nolito, Miguel Vítor e Matic? WOW!!! Já o disse mas repito sem problemas, gosto muito deste Benfica europeu, gosto de ver a equipa a controlar o jogo trocando a bola entre os seus jogadores, a não ter problemas em recuar até à nossa área passando a bola ao guarda redes, sempre com cabeça, sem entrar no chutão para a frente ou na tentativa de meter a bola na área adversária sem nexo. É tudo pensado, controlado sem criar desiquilibrios à equipa. Na europa tem de ser assim. Claro que convêm não desperdiçar as oportunidades que temos para matar o jogo. Pelo menos dois lances (Gaitan e Emerson) que deviam ter dado o segundo golo mais cedo e arrumado o jogo antes de Cardozo fazer o gosto ao pé. Desta vez não fez falta mas pode fazer no futuro contra equipas mais fortes.

Jesus mexeu na equipa com vista a aproveitar o adiantar no terreno do Basileia metendo Nolito fresco tirando Aimar e metendo Gaitan no meio mas acabou por perder um pouco o meio campo uma vez que Aimar é mestre na cobertura e apoio defensivo aos colegas do meio. Entrou Cardozo para o lugar de Rodrigo e pouco depois resolveu o jogo na marcação de um livre directo e a garantir os três pontos e os 800 mil euros no bolso.

Se os colegas não quiseram resolver o jogo mais cedo, Artur Moraes tratou de segurar a vantagem num lance fantástico em que sai ao jogador do Basileia de forma muito rápida não dando espaço ao adversário de conseguir colocar melhor a bola. Uma defesa que valeu milhares de euros. A dupla de centrais esteve impecável com Maxi a ser o Maxi do costume. Emerson esteve bem até ter uma das suas paragens e, infelizmente, desta vez com consequências, num lance completamente desnecessário. Javi e Witsel com excelente trabalho dando o suporte que Aimar precisa para libertar toda a sua magia. Infelizmente não esteve nos seus dias o mago argentino falhando passes que não são habituais nele mas a sua saída e a perda de controle no meio campo mostram bem a sua importância na equipa para lá de ter a bola nos pés. Gaitan e César umas flechas apontadas à área adversária com Rodrigo como referência na sua estreia europeia onde esteve muito bem no lance do golo e até podia fazer gostinho ao pé numa bela desmarcação num lance uns minutos antes do golo de Bruno César. Cardozo entrou e marcou, uma lástima este paraguaio que teima em fazer coisas destas; Nolito acabou por ter de ter um papel mais defensivo do que o desejado fruto da expulsão de Emerson e Miguel Vítor entrou para fechar o lado direito após saída de Maxi e numa fase em que Gaitan mostrava também sinais de fadiga.

O árbitro esteve um pouco caseiro, principalmente na primeira parte, assinalando muitas faltas ao Benfica mas deixando passar as efectuadas pelos suiços. Fora isso nada de relevante. Segundo amarelo ao Emerson bem mostrado, nada a dizer.

Somos líderes do grupo e iremos receber em casa as duas equipas teoricamente mais fracas onde os seis pontos em disputa têm que ficar na Luz. Jesus terá de resolver o problema na lateral esquerda com a expulsão de Emerson.

CARREGA BENFICA!!!

segunda-feira, outubro 17, 2011

Em cheio!

Quando se falava da pré época do Glorioso e das futuras contratações que o clube ía fazer sempre defendi a necessidade fundamental de o clube acertar nos jogadores a contratar. Não havia espaço de manobra para falhar contratações caras nem pedir demasiado tempo de adaptação (que muitos jogadores realmente precisam) porque era fundamental para o crescimento da equipa, certas contratações chave rapidamente mostrarem serviço.

Nesta fase da época já é possível fazer uma análise real à mais valia dos novos jogadores e é caso para dizer que o Sport Lisboa e Benfica acertou em cheio neste defeso.

Witsel: O jogador belga é provavelmente a melhor contratação do ano em Portugal. Um extraordinário jogador que mal tocou pela primeira vez na bola se viu que tinha futebol acima da média e que era reforço. Um grande reforço mesmo. O meio campo do SLB ganha toda uma nova dimensão com este jogador.

Bruno César: Primeiro foi "gordo" agora é craque. A sua compleição física engana quem não o conhece mas, apesar de jogar fora da sua posição preferida, nunca se escondeu nas oportunidades que teve e a cada jogo mostra mais e melhor. Já é uma peça chave na equipa, seja no 11 titular ou a sair do banco.

Garay: Vinha conotado como a mais cara das contratações e com o carimbo de encostado no Real Madrid. Um dos receios que tinha era a possibilidade de o argentino trazer algum vedetismo por vir de onde vinha mas rapidamente perdi esse medo. Garay tem sido incansável trabalhador, sempre disponível para tudo e, mais importante, dando tranquilidade e qualidade a um sector fundamental para o crescimento da equipa.

Nolito: O espanhol vinha do Barcelona B e trazia muita expectativa à sua volta. Nolito respondeu a todos da melhor forma, como golos atrás de golos e não se pode pedir mais a um jogador que chega a uma nova equipa que marque golos que dão pontos e vitórias à sua equipa. A partir daí foi mostrar que é mais do que um goleador, é um jogador que trabalha para a equipa sempre com muita qualidade e intiligência.

Artur Moraes: O guardião brasileiro veio do Braga com a difícil tarefa de fazer esquecer o pesadelo que tinha sido a época anterior no que diz respeito à baliza do SL Benfica. A baliza é provavelmente o sector onde a confiança e tranquilidade é mais importante, Artur conseguiu não complicar nos primeiros jogos e mostrar qualidade que permitiu a todos, adeptos e colegas, ganhar confiança no guardião. Um punhado de defesas fabulosas fez o resto e um grande problema ficou resolvido.

Estes 5 jogadores são o núcleo forte da equipa no que diz respeito a contratações para a nova época. Aqueles jogadores que claramente são um acréscimo de qualidade ao que anteriormente tínhamos reforçando a equipa e plantel, dando mais e melhores soluções ao treinador.

Mas não acaba aqui o acerto nas aquisições: Emerson, Rodrigo e Matic têm tido as suas oportunidades (Emerson tem sido inclusivê titular indiscutível) e demonstrado enorme valor e cumprindo na perfeição as missões que lhes são dadas pelo treinador. E, para mim, ainda temos outro enorme jogador que teve azar de se lesionar na fase de adaptação que é sempre terrível para qualquer novo jogador: Enzo Perez. Recuperado e adaptado irá mostrar a todos que é, de facto, um enorme jogador.

Muitas vezes em anos anteriores andamos a queixar-nos que gastámos dinheiro em toscos, jogadores que não rendem, etc. Esta época não podemos, felizmente, dizer isso. Practicamente todos os novos jogadores já demonstraram que são bons (alguns muito bons mesmo) e que o Sport Lisboa e Benfica tem um plantel fortíssimo que lhe permite encarar, com toda a naturalidade, todas as competições da época. É acertando desta forma nas contratações, reduzindo cada vez mais os erros, que ficamos mais fortes. E quando os jogadores sentem que quem chegou é realmente bom aumentam os níveis de confiança e expectativa. Um Pablo Aimar quando vê chegar um Witsel até deve ficar com os olhos a brilhar.

Agora que venha o Basileia. Carrega Benfica!!!

sexta-feira, outubro 14, 2011

Portimonense - SL Benfica: 0-2

O SL Benfica estreia-se na caminhada que se espera que traga a 25ª Taça de Portugal com uma vitória tranquila, no Algarve, frente ao Portimão.

Foi um jogo morno como era esperado dado o jogo em causa, a fase da competição e, principalmente, devido ás várias alterações ao 11 que Jorge Jesus fez. Gostamos sempre de ver os miúdos a terem oportunidades nestes jogos mas é sabido que o ritmo do jogo nunca será o desejado apesar do esforço e empenho de todos. Esta noite isso aconteceu, os míudos jogaram e estiveram muito bem. Gostei da atitude de David Simão sem medo de pegar na bola e de arriscar, de ser o patrão do SL Benfica logo no seu primeiro jogo; Nelson Oliveira lutou mas não teve tanto jogo como desejava mas mostrou qualidades tal como Rodrigo que acabou por beneficiar de ter mais tempo em campo acabando por marcar um belo golo após bela desmarcação. A equipa jogou o necessário para vencer sem sofrer sobressaltos o que era o mínimo exígivel perante um adversário claramente inferior à nossa equipa. Interessante ver o jogo de contenção da equipa que a vencer por dois golos de vantagem não se deixou deslumbrar e ir à procura da goleada, preferiu segurar a bola e fazê-la circular pelos nossos jogadores mais recuados, sem pressas, sem arriscar, pensando claramente na Liga dos Campeões.

Num jogo destes o cromo do treinador do Portimonense a primeira coisa que diz na flash interview é queixar-se de um suposto amarelo não mostrado a um jogador do Glorioso numa falta qualquer. Como? Há um golo anulado ao Nolito em que ele leva amarelo numa daquelas decisões estúpidas que só os árbitros tugas têm. E o gajo queixa-se de um amarelo??? Enfim...

Primeiro passo rumo ao Jamor foi dado. Venha o próximo. Carrega Benfica!!!!

terça-feira, outubro 11, 2011

Atenções para o que interessa

O Sport Lisboa e Benfica, obviamente.

Com o fim da distração da Selecção (infelizmente não é definitivo pois ainda teremos mais dois jogos...) podemos virar atenções a 100% para o que importa uma vez que no próximo fim de semana já joga o SL Benfica. Vai começar a festa da Taça para o Glorioso e é em Portimão que a caminhada para o Jamor vai ter início. Eu tenho saudades do Estádio Nacional, muitas saudades mesmo. E sei que Jorge Jesus quer ganhar esse troféu que nunca ganhou.

O campeonato é a prioridade sim senhor mas o Glorioso joga para ganhar tudo e não pode haver desculpas para que a Taça de Portugal não seja um objectivo claro para esta época. E temos equipa e plantel para pensarmos em tal sem qualquer reticência.

Jesus concerteza que irá fazer poupanças e espero que entre elas seja dado descanso aos jogadores mais desgastados com estes jogos de selecções principalmente Witsel que anda a merecer, claramente, um descanso adicional. Cardozo também pode beneficiar de algum descanso dando assim Jesus oportunidade para Rodrigo e, quiçá, David Simão ganharem minutos nas pernas. Não merecer na estrutura principal mas proceder a algumas alterações para dar rotação à equipa.

É para ganhar, é para chegar ao Jamor e é para trazer o caneco!!!

quinta-feira, outubro 06, 2011

Apoio a Fernando Gomes

Luis Filipe Vieira finalmente falou sobre as eleições para a Federação Portuguesa de Futebol ao dar o seu apoio ao candidato Fernando Gomes. Ao passar os olhos pela blogoesfera a opinião é unânime: estão todos contra e ninguem percebe o porquê deste apoio. As justificações não são nada boas e mesmo muitos que apoiam Vieira se sentem traídos por este apoio. Há quem defenda que Fernando Gomes já tinha a maioria dos apoios pelo que não fazia sentido o Benfica ficar sozinho. Como é possível dizer tamanha barbaridade? Ficar sozinho nesta questão seria um orgulho. Se não concordamos não damos apoio, estejamos em minoria ou maioria.

Nunca confiei em Vieira, todos o sabem, pelo que este apoio para mim é apenas um continuar da caminhada de Vieira à frente dos comandos do SL Benfica. Apoiar um homem que aparece nas escutas? Alguem que fez/faz parte do sistema sujo do futebol português?

A minha dúvida no meio disto tudo é: será Vieira burro ou tem uma agenda por trás deste apoio que nada tem a ver com os interesses do Sport Lisboa e Benfica?

Gostava de ler opiniões sustentadas de alguém que concorde com este apoio, que nos explique o porquê do nome do Glorioso ficar ao lado deste homem...

terça-feira, outubro 04, 2011

Um Olho à Benfica #52




O Pequeno Genial



Desculpem maçar-vos com um texto mais longo do que habitual, mas passa-se o seguinte. A prosa que a seguir lerão - os mais corajosos - é a introdução do livro que acabei de escrever e que me preparo para editar. Trata-se da biografia do Chalana. Há discussões que não alimento no futebol. Uma delas é sobre quem terá sido o melhor jogador português depois do Eusébio. Para mim, foi o Chalana. Ponto final, parágrafo. O que vos proponho agora é a publicação, em rigorosa e exclusiva estreia da introdução do livro. É uma história ficcional com que resolvi iniciar a minha homenagem ao mais fantástico jogador português que vi jogar - o Eusébio já não pode considerar-se do meu tempo.



Peço desculpa pelo texto longo, mas creio bem que vale a pena, porque é de um benfiquista para muitos benfiquistas e muitos deles nunca tiveram a felicidade de ver jogar este extraordinário jogador. Sinceramente, espero que não levem a mal e que gostem da homenagem prestada a um verdadeiro símbolo da grandeza ímpar do Benfica.



Introdução



A bota do Chalana



Certo dia, numa feira internacional de botas de futebol, estava na montra principal uma chuteira, considerada o último grito da moda futebolística. Uma bota sofisticada, com todo o luxo a que qualquer actual aspirante a craque da bola julga ter direito. Climatizada, de forma a prevenir odores irrespiráveis, dirigível por controle remoto e até com air-bag traseiro, para prevenir as famosas e perseguidas «entradas por trás». Tinha também, no seu exterior, uns sensores laterais que estabeleciam comunicação com a sua congénere mais próxima. Depois de muitos estudos, os autores desta bota inteligente, ruminaram na instalação de um mecanismo de precisão sensorial, que permitisse aos jogadores uma certeira e rápida circulação da bola. Só faltava mesmo mini-bar e pay-tv. A primeira equipa a utilizar estas sensacionais botas foi o Chelsea de José Mourinho, como se sabe, o maior apóstolo do futebol tecnológico. Fanático pelo detalhe, escravo da minúcia, o melhor treinador do mundo ficou fascinado com o alcance imediato desta bota na modificação extrema que provocaria no futebol. É talvez reveladora a sua curta mas demonstrativa declaração de apoio à nova bota: «Assim, até eu seria o melhor jogador do mundo». Pelos vistos, aquelas botas fazem milagres. Ainda babados pela inovação, poucos repararam numa outra bota, na montra ao lado, desprezada pelo tempo e carcomida pela gula tecnológica. Um pecado mortal para a humanidade, uma normalidade no futebol. Tinha um ar pútrido, apresentava uma nítida curvatura que nascia a montante do calcanhar e apenas terminava a juzante da biqueira e era, portanto, uma espécie de pé-descalço das botas de futebol. E no entanto, tinha um brilho intangível, uma aura que a cercava e amarrava os olhos de uma criança, por instantes desviados da quintessência da tecnologia desportiva. O que fariam aqueles olhos, debruçados sobre uma bota velha, arregalados de fascínio, galgando umas lentes grossíssimas que mascaravam a miopia de nascença? Diante daquela bota, aquele par de faróis seriam luzes intensas contra o nevoeiro da sofisticação que baixava aos baldios da tecnologia. O que é verdade é que aquela bota guardava o mistério de uma certa fé no jogo.



De súbito, aqueles olhos escondidos atrás de uma densa amálgama de dioptrias, foram abalroados pela confusão reinante na montra ao lado, onde o cotovelo do mais forte prevalecia sobre o tórax do mais fraco. Seguia-se um concurso, promovido pela famosa marca que apostou milhares de euros na certificação da nova e estupenda bota. Tudo não passava de uma acção infalível de marketing, a que se submetiam dez concorrentes escolhidos ao acaso entre o estimável e babado público. Tudo isto, em directo, com as televisões como testemunhas evangélicas do novo milagre da precisão. Os concorrentes eram simples figurantes da escandalosa delinquência publicitária que seria o anúncio da perfeição no futebol. Estavam todos bem calçados, os concorrentes e os multimilionários autores da bota. O objectivo era acertar com uma bola, a uma distância de cem metros, num buraco de perímetro pouco maior do que o objecto atirado. Missão impossível com uma bota normal, nem mesmo à medida dos maiores super-heroís do futebol mundial. Agora, com esta bota, era quase possível colocar duas pessoas nas extremidades opostas de uma montanha a trocar certeiros e infalíveis pontapés na bola. Incrível. Isto, claro, se nos fiarmos no exagerado texto de apoio inscrito num mailing enviado para as maiores sedes de futebol em todo o mundo.



O concurso começou e ao primeiro pontapé, bola fora do alvo. Inquietação generalizada mas convencimento de que tinha sido apenas um pequeno desvio humano na perfeição tecnológica. Como era possível? Os remates seguintes, mais de cem – já que o número de concorrentes alastrou – confirmariam que o futebol não é para todos nem admite a intrusão dos novos pregadores da ciência robótica. Nem um remate certeiro. Em desespero de causa, já com as televisões desmobilizadas, os cabos recolhidos e os anunciantes em fuga, deu-se uma imagem de epilepsia colectiva. Chegavam, entretanto, reforços: a marca desportiva não se dava por vencida e para provar a eficiência do seu invento, contratou a peso de ouro, Ronaldinho, Zidane e Figo para novo teste. Primeiro, o brasileiro dentudo, gingão e melhor do mundo e arredores. Falhou. Pela primeira vez, Ronaldinho perdeu aquele sorriso cinematográfico. Depois, Zidane, com os dedos dos pés apoiados nas extremidades como uma bailarina, voando para a bola, mas aterrando na crua realidade. Novo e estrondoso falhanço. Agora, Figo, avança determinado, verdadeiro Átila dos campos de futebol, faz a paradinha, engana o público e no momento em que todos esperam o estrepitoso embate com a bola, Figo olha para o lado e suspira. Aqui sim, deu-se um momento de viragem. O craque português faz uma diagonal até à montra ao lado e olha para a bota velha e caduca. Parecia já um tamanco, mas Figo colou o seu olhar no menino míope e viu-se a si próprio, nos anos da sua adolescência. Esse recuo no tempo fá-lo reconhecer aquela bota, já que durante muito tempo não se cansara de a ver. É Figo que se lembra que o último homem a descalçar aquela bota tinha sido um fenomenal jogador chamado…Chalana. O seu ídolo em criança. Aquele olhar de Figo e do menino míope convocam Chico Buarque numa das suas inúmeras definições sobre o jogo: «O drible do corpo é quando o corpo tem presença de espírito». Aquela bota era a casa de todos os espíritos benignos do futebol. Por isso o brilho, a aura. Aquela bota parecia acabada por fora, mas imortal por dentro. Tinha o forro do talento e o suor do génio. Figo não chutou a bola, deixou que fosse o menino míope a fazê-lo. Calçou-lhe a bota velha, que tinha sido de Chalana e milagre, a bola entra, guiada pelos bons espíritos. Para refazer todos os queixos que entretanto caíram, seriam necessários agora vários meses de paciente cirurgia reconstitutiva. Uma bota velha e um menino míope tinham vencido os estúpidos pergaminhos do futebol evolutivo. E melhor do que isso, Chalana voltava a ser o maior. Para que não o esqueçam os que o viram jogar e para que o saibam os que nunca lhe puseram a vista em cima.







PS: Esta é uma história apócrifa mas que não muda o essencial: Chalana foi o maior jogador português de sempre, depois de Eusébio. Por isso, este livro é a homenagem ao meu ídolo de infância. Resolvi escrevê-lo, um dia, quando o meu filho mais velho me perguntou, depois de ter visto o pai, a entrevistar na televisão, o grande Chalana: «Ó pai, quem era aquele senhor que estavas a entrevistar?». Olhei para ele, com aquela ternura com que o habituei e respondi-lhe: “Filho, ouve bem. Quem é o jogador que mais gostas de ver?» Eu já sabia resposta, mas mesmo assim, soube bem ouvi-la de novo: “O Ronaldinho”, disparou o meu filho, com aquele enfado juvenil de quem é massacrado sempre com a mesma pergunta. “Pois bem, filho, quando eu era da tua idade, o Chalana esteve para mim como o Ronaldinho está para ti”. É para isso que serve este livro.





José Marinho

domingo, outubro 02, 2011

SL Benfica - Paços Ferreira: 4-1

Esta é uma vitória dedicada a todos os palhaços que têm a lata de dizer que o Glorioso é beneficiado pelas arbitragens.

O Benfica deste ano é, definitivamente, um Benfica diferente daquele que Jorge Jesus nos deu a conhecer e, provavelmente, prefere. É um Benfica mais adulto, mais controlado e, para mim, isso é bem positivo. Uma das fortes críticas que eram feitas a Jorge Jesus era o desgaste desnecessário que a equipa tinha quando com o resultado feito continuava em corridas desenfreadas atrás do quarto ou quinto golo, sempre com a baliza como objectivo e procurando a que tal nota artística se mostrasse no resultado. Este Benfica gere o esforço durante os 90 minutos, faz circular a bola com mais paciência e tranquilidade, quando o jogo está ganho tira o pé do acelarador e pensa já no jogo seguinte. Isto é uma equipa inteligente que irá colher frutos mais tarde na época quando o desgaste físico se começar a sentir. E, objectivamente, o Benfica continua com um caudal ofensivo muito forte e a criar muitas oportunidades de golo permitindo goleadas como esta. Contra os romenos só entrou um golo, ontem entraram quatro mas podiam perfeitamente ter entrado outros tantos.

O treinador optou pela sua táctica preferida, o famoso 4132 com Matic a fazer de Javi e Saviola a fazer companhia a Cardozo com Gaitan na direita, Bruno César na esquerda e Aimar a controlar todo o jogo da equipa. Matic é completamente diferente de Javi e isso nota-se, principalmente, nos apoios defensivos que Javi faz com uma mestria impressionante enquanto que Matic ainda procura o melhor entendimento posicional quando a equipa sobe no terreno mas não foi por isso que deixou de estar muito bem, sempre pressionante e combativo. Gosto do jogador e acho-o bastante útil para a equipa. A equipa entrou bem no jogo, rapidamente tomou conta das operações e era com facilidade que chegava à baliza adversária percebendo-se igualmente que o principal adversário desta noite seria outra equipa que não o Paços. A equipa nunca se deixou influenciar e continuo a pressão e com naturalidade os golos surgiram. Ir para o intervalo a vencer por 2 golos e em total controle do jogo antevia uma segunda parte tranquila com oportunidade para o treinador rodar mais uns quantos jogadores mas uma perda de bola acaba num penalty contra nós que o Paços não desperdiça. Mas, mais uma vez, a equipa tem a maturidade suficiente para não perder coesão e pouco depois já tinha marcado mais dois golos e fechado as contas do jogo. Nos minutos finais a equipa deixou de jogar para presenciar o espectáculo que o público fazia nas bancadas. O melhor momento de apoio que vi nos últimos largos anos. Fabuloso.

Saviola regressou aos golos e às boas exibições. Falta-lhe explosão mas a inteligência e capacidade de execução superior está lá toda. Toda a equipa esteve muito bem, com exibições muito poisitivas. Gaitan adorna demais os lances mas quando eles "entram" a magia é fantástica. Aimar sempre cerebral e quando pega no jogo a meio campo, virado para a baliza adversária, a qualidade de jogo da equipa é brutal. Artur com mais uma excelente defesa impede o empate que nos poderia trazer enormes dores de cabeça. Nolito entra e faz o gosto ao pé num golo em que mostra toda a sua qualidade técnica e inteligência de jogo. Cardozo não marcou mas fez muito por isso (e até marcou mas...adiante).

Uma arbitragem vergonhosa esta que se viu na Luz. O que será que os palhaços irão dizer agora? Que o que Nolito fez ao guarda redes do Paços devia ser falta? Que Cardozo não pode fazer assistências daquelas? Que Saviola não pode rematar de primeira num canto? Que Luisão devia ser sancionado por aparecer sozinho? Um roubo o que o senhor do apito fez na Luz nesta jornada. Um roubo. Golo anulado ao Benfica, penalty sobre Aimar, penalty por mão na bola, foras de jogo de rir, faltinhas assinaladas perto da nossa área mas o mais escandaloso de todos foi aquele atraso do defesa do Paços para o seu guarda redes que todo o estádio viu e aquelas aventesmas do apito e bandeirola deixaram passar. O penalty a favor do Paços mostra que o bicho não é cego e que sabe as regras de jogo portanto tudo o resto que fez no jogo não foi por falta de capacidade. Se calhar têm que vir mais observadores da Uefa para os nossos jogos...

Bom jogo, boa vitória, três pontos, liderança no campeonato e um final de jogo simplesmente fabuloso com a festa que se fez nas bancadas e já anseio pelo próximo jogo para repetirmos tudo mas com as bancadas mais bem compostas. Parabéns a todos.

Até morrer, até morrer, Benfica até morrer.

PS: E esta águia hein? ☺