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sexta-feira, janeiro 20, 2006

O momento

O Benfica atravessa um excelente momento.

A equipa está bem e recomenda-se (6 vitórias consecutivas para a liga, 8 quando se inclui a liga dos campeões e a taça de Portugal), as contratações de inverno vieram reforçar e reequilibrar aquele que já era o plantel mais forte da Superliga e há uma grande empatia entre jogadores, equipa técnica e adeptos.

O clube demontra tranquilidade, organização - ver a forma rápida e firme como foi atacado o problema da entrevista de Karyaka ao jornal russo e compare-se com a forma atabalhoada como outros clubes desta liga (não) lidaram com casos de indisciplina tão ou mais graves - e, mais importante que tudo, apresenta uma estratégia de médio prazo bem definida no que ao futebol diz respeito e que tem sido posta em prática paulatinamente, desde há alguns anos a esta parte. Longe estão os tempos Damasianos das 120 entradas e saidas a cada período de abertura inscrições, ou os etilizados "Dezembros gordos" do saudoso - e também normalmente etilizado - Manuel Vilarinho.

Para tornar o quadro geral ainda melhor, os nossos adversários mais directos estão muito longe de estar bem e a ideia que parece transparecer é que, mais jornada menos jornada, o Benfica assumirá a liderança para não mais a largar.

O porto apresenta um plantel muitissimo desiquilibrado, que mistura alguns jogadores sem qualidade para jogar sequer na superliga (Sonkaya e Bruno Alves), com uma maioria de jogadores medianos (Alan, Pepe, Ricardo Costa, Raul Meireles, Paulo Assunção, Ibson, Hugo Almeida, etc) e apenas 3 unidades com potencial realmente decisivo (Quaresma, Lucho e Macarthy, se estivesse motivado). Para além disso, colectivamente a equipa não funciona e vive dos momentos de inspiração de Quaresma, cuja forma fantástica em que se encontra tem permitido criar uma ilusão de força e qualidade que, objectivamente, não existe. No entanto, os últimos jogos parecem indicar que o estado de graça do jovem jogador está a passar e, consequentemente, o da equipa também. A exibição paupérrima contra a Naval, no jogo para a taça, e a derrota inapelável contra o Estrela da Amadora, na última jornada, parecem confirmar estas observações.

No sporting o panorama não é mais animador. O clube encontra-se minado pelas convulsões internas e, em consequência, apresenta aquele que é, provavelmente, o pior plantel dos últimos anos, de qualquer um dos 3 grandes. A equipa é uma mistura de elementos dos escalões de formação (uns com algum potencial, outros nem por isso, mas nenhum do nível do Quaresma ou Cristiano Ronaldo, quando foram lançados), com as sobras da que atingiu a final da taça UEFA, pelo que o sporting parece não ter argumentos para aspirar a mais do que a luta pela liga dos campeões. A incapacidade em resolver de forma satisfatória os problemas disciplinares que têm vindo a assolar o grupo, desde os tempos de Peseiro, e a forma atabalhoada como têm sido geridos os sucessivos casos relacionados com renovações, permanências e dispensas, também não ajudam nada.

Este é, por tudo isto, um período especialmente perigoso para o Benfica. O risco de encarar os jogos com altivez sem o respeito devido aos adversários, ou de entrar num jogo a pensar no próximo derby ou confronto europeu, é muitissimo real. É necessário que os jogadores do SLB tenham bem presente que, apesar da campanha aceitável que vêm realizando, a verdade é que ainda não conquistaram absolutamente nada e exige-se-lhes que o façam! A qualidade aumenta o grau de exigência e esta equipa tem muita qualidade! Atente-se no exemplo do sporting de José Peseiro, que passou de "equipa que jogava o melhor futebol da europa", sério candidato ao título e finalista da taça UEFA, para um bando de proscritos que não ganharam nada, no espaço de menos de 1 semana.

Não queremos que suceda o mesmo, por isso exige-se concentração! E nisto o papel da equipa técnica é fundamental! Hoje, contra o Gil Vicente, é imperativo vencer, nem que seja pela margem minima e com um autogolo. Koeman tem de conseguir fazer ver aos jogadores que o jogo mais importante das vidas deles se joga hoje, em Barcelos! Nada mais importa, a não ser trazer os 3 pontos!

1 comentário:

Anónimo disse...

És tão nojento que nem consegues escrever o nome dos clubes rivais com maiúscula. E escreves um post sobre respeito. Ésuma merda