Karyaka deu uma entrevista a um jornal russo onde, entre outras coisas, manifesta descontentamento com a sua situação no Benfica, a sua desilusão com a cidade de Lisboa e com o país em geral. No mesmo dia, sai uma noticia num jornal desportivo, onde se afirma que Quim, descontente com a titularidade do recém-contratado Moretto, terá afirmado que prefere sair.
As duas situações são distintas e não devem ser confundidas.
No caso de Karyaka, há uma clara quebra de disciplina e uma manifestação de falta de profissionalismo. A punição deverá ser exemplar, no mais estrito respeito pelo regulamento disciplinar interno que, como se sabe, não é nada meigo. No que diz respeito ao futebol, o Benfica é, neste momento, um clube organizado e não há nenhuma razão para crer que haja qualquer tipo de condescendência para com o jogador russo, pelo que o assunto deverá ficar resolvido nos próximos dias. Uma multa, uma conversa e, quem sabe, algo mais, deverão ser a recompensa que Karyaka irá receber, como prémio pela sua verbalidade efusiva.
De salientar que - e penso que é importante que se diga isto - neste caso, o prevaricador é claramente o jogador russo e não são imputáveis quaisquer responsabilidades ao treinador! Nem Koeman, nem qualquer outro treinador do mundo, tem a obrigação de colocar um jogador a jogar, só por ele ser russo, se considerar o melhor do mundo, não jogar há muito tempo, ou qualquer conjugação destes três factores. O dever de Karyaka é treinar com afinco diariamente e jogar bem, quando para isso for requisitado. E a verdade é que já teve várias oportunidades de o fazer e, com uma ou outra excepção, não só nunca deslumbrou, como até decepcionou aqueles que, como eu, esperavam grandes coisas do russo, depois da excelente exibição no estádio do dragão.
O caso de Quim é substancialmente diferente. O jogador sente-se injustiçado porque, não só tem tido um comportamento exemplar, como até terá chegado a jogar lesionado e com dores, numa altura de necessidade. Assim, é or uma questão de justiça que Quim considera que deveria ser o dono da baliza. No entanto, ao contrário de Karyaka, Quim como bom profissional que é apresentou as suas razões perante o seu treinador, em privado, em vez de conceder uma entrevista bombástica à imprensa. Palmas para o Quim.
O que dizer então deste caso? A resposta não é simples. Admitamos, para facilidade de análise, que Moretto é, de facto, superior a Quim, já que Koeman parece estar convencido disso e tem tomado as suas decisões com base nesse pressuposto. Se Moretto é melhor, se garante um melhor rendimento desportivo à equipa, deverá Koeman colocar os interesses do Quim à frente dos do grupo, colocando-o a jogar? É óbvio que a titularidade de Moretto sabe a injustiça mas, se é ele de facto o melhor nesta altura, não é o dever e a obrigação do treinador colocá-lo a jogar? Um clube de futebol não é um tribunal, nem é a Galieia e não tem por objectivo a produção de justiça, nem a redenção da humanidade! O propósito de uma equipa de futebol é simplesmente vencer jogos e, caso a avaliação de Koeman seja a correcta, neste momento o Benfica tem maiores probabilidades de vencer jogos com Moretto a defender as suas redes do que com Quim. É tão simples como isto!
Por isso, na minha opinião, Quim não tem razão e deve seguir o conselho de Koeman: trabalhar e demonstrar que merece a titularidade, não porque se sacrificou no passado, mas por ser o melhor dos guarda redes do plantel. Se conseguir demonstrar isso, não tenho dúvidas que Koeman o colocará a jogar.
Estes casos vêm, no entanto, deixar ainda mais claro que, nesta altura, o plantel do Benfica é muito rico e há muitos jogadores que sentem que têm qualidade para jogar no 11 titular. E isso só acontece, quando existe de facto qualidade. Quando no banco só se têm miúdos de 19 anos, ou jogadores sem qualidade, não há problemas de descontentamento no plantel porque o 11 titular é óbvio para toda a gente, suplentes incluídos. Não é por acaso que até o deus Mourinho, o ultra motivador e super gestor de homens, tenha de lidar com este tipo de situações, no seu super-Chelsea.
As duas situações são distintas e não devem ser confundidas.
No caso de Karyaka, há uma clara quebra de disciplina e uma manifestação de falta de profissionalismo. A punição deverá ser exemplar, no mais estrito respeito pelo regulamento disciplinar interno que, como se sabe, não é nada meigo. No que diz respeito ao futebol, o Benfica é, neste momento, um clube organizado e não há nenhuma razão para crer que haja qualquer tipo de condescendência para com o jogador russo, pelo que o assunto deverá ficar resolvido nos próximos dias. Uma multa, uma conversa e, quem sabe, algo mais, deverão ser a recompensa que Karyaka irá receber, como prémio pela sua verbalidade efusiva.
De salientar que - e penso que é importante que se diga isto - neste caso, o prevaricador é claramente o jogador russo e não são imputáveis quaisquer responsabilidades ao treinador! Nem Koeman, nem qualquer outro treinador do mundo, tem a obrigação de colocar um jogador a jogar, só por ele ser russo, se considerar o melhor do mundo, não jogar há muito tempo, ou qualquer conjugação destes três factores. O dever de Karyaka é treinar com afinco diariamente e jogar bem, quando para isso for requisitado. E a verdade é que já teve várias oportunidades de o fazer e, com uma ou outra excepção, não só nunca deslumbrou, como até decepcionou aqueles que, como eu, esperavam grandes coisas do russo, depois da excelente exibição no estádio do dragão.
O caso de Quim é substancialmente diferente. O jogador sente-se injustiçado porque, não só tem tido um comportamento exemplar, como até terá chegado a jogar lesionado e com dores, numa altura de necessidade. Assim, é or uma questão de justiça que Quim considera que deveria ser o dono da baliza. No entanto, ao contrário de Karyaka, Quim como bom profissional que é apresentou as suas razões perante o seu treinador, em privado, em vez de conceder uma entrevista bombástica à imprensa. Palmas para o Quim.
O que dizer então deste caso? A resposta não é simples. Admitamos, para facilidade de análise, que Moretto é, de facto, superior a Quim, já que Koeman parece estar convencido disso e tem tomado as suas decisões com base nesse pressuposto. Se Moretto é melhor, se garante um melhor rendimento desportivo à equipa, deverá Koeman colocar os interesses do Quim à frente dos do grupo, colocando-o a jogar? É óbvio que a titularidade de Moretto sabe a injustiça mas, se é ele de facto o melhor nesta altura, não é o dever e a obrigação do treinador colocá-lo a jogar? Um clube de futebol não é um tribunal, nem é a Galieia e não tem por objectivo a produção de justiça, nem a redenção da humanidade! O propósito de uma equipa de futebol é simplesmente vencer jogos e, caso a avaliação de Koeman seja a correcta, neste momento o Benfica tem maiores probabilidades de vencer jogos com Moretto a defender as suas redes do que com Quim. É tão simples como isto!
Por isso, na minha opinião, Quim não tem razão e deve seguir o conselho de Koeman: trabalhar e demonstrar que merece a titularidade, não porque se sacrificou no passado, mas por ser o melhor dos guarda redes do plantel. Se conseguir demonstrar isso, não tenho dúvidas que Koeman o colocará a jogar.
Estes casos vêm, no entanto, deixar ainda mais claro que, nesta altura, o plantel do Benfica é muito rico e há muitos jogadores que sentem que têm qualidade para jogar no 11 titular. E isso só acontece, quando existe de facto qualidade. Quando no banco só se têm miúdos de 19 anos, ou jogadores sem qualidade, não há problemas de descontentamento no plantel porque o 11 titular é óbvio para toda a gente, suplentes incluídos. Não é por acaso que até o deus Mourinho, o ultra motivador e super gestor de homens, tenha de lidar com este tipo de situações, no seu super-Chelsea.
1 comentário:
Na "mouche". Mais sobre o Quim: se o Moretto amanhã se lesiona quem vai à baliza? O "profissional" Quim, que já saiu do clube porque foi para o banco?
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