SL Benfica - Nacional: 0-0

E não aproveitámos...ou não nos deixaram aproveitar.

Quem conhece o nosso futebol hà alguns anos e tem, pelo menos, dois neurónios a funcionar, sabia perfeitamente que, após as oferendas natalícias dos dois amigos, o jogo desta noite seria tudo menos fácil para as hostes encarnadas. São vicíos que perduramh à longos anos esta parte.

O que eu não estava à espera é que o Benfica fosse facilitar essa tarefa de nos tornarem complicado o jogo desta noite. Não consigo aceitar a forma amorfa e apática com que os jogadores do Benfica se arrastaram em campo esta noite, é inconcebível que após os resultados dos principais rivais, com a possibilidade de irmos de férias com uma distância bem confortável e com uma força anímica estupenda, os jogadores tenham tido uma prestação tão fraca e sem chama. Hoje fomos uma equipa sem garra e pagámos bem caro isso. Por outro lado tivemos um treinador que hoje voltou a errar de uma forma que me incomoda. Se na quinta feira critiquei bastante a forma como Quique abordou o jogo, agora critico muito a equipa que fez alinhar e as opções que tomou durante o jogo. Sinceramente não sei com que táctica é que o Benfica começou o jogo, se foi um 442 com Di Maria na esquerda e Ruben na direita, se um losango com Di Maria a 10 ou se um 433 com Di Maria na esquerda e Suazo na direita...ter esta dúvida é sintoma da confusão táctica que foi hoje o Benfica. A mim pareceu-me que Quique optou pelo 442 clássico que já provou ser coxo e muito permeável a meio campo e as dificuldades conhecidas de tal sistema vieram todas ao de cima. Outro erro que Quique voltou a repetir foi a imediata inclusão no 11 de um jogador acabado de recuperar de lesão, na minha opnião, Di Maria não devia ter sido titular, muito menos ao mesmo tempo que Jorge Ribeiro, a ala esquerda vinha de lesões prolongadas e, mesmo que não tivessem recaídas, dificilmente aguentariam os 90 minutos. Faz-me confusão que um treinador faça opções destas. Depois, com o decorrer do jogo, foi notório que faltava alguem para pegar no jogo a meio campo e Quique não mexeu na equipa para alterar isso. E aqui temos que falar de Pablo Aimar. Alguem tem que explicar o que aconteceu hoje e olhe-se para a questão da forma que se olhar a coisa não é nada boa: Ou Aimar não está condições e nem no banco se deveria ter sentado; ou Aimar estava em condições e lesionou-se a correr para o banco o que seria algo catastrófico; Ou Aimar não foi, simplesmente, opção para Quique o que seria assustador. Pela conversa de Quique após o jogo parece que Aimar não está nas melhores condições físicas e, a ser assim, começo a ficar preocupado.

Nesta mixórdia de erros tácticos e falta de garra o jogo decorria como se esperava, o Benfica a controlar o jogo mas sem profundidade enquanto que o Nacional ía espreitando qualquer nesga para lançar rápidos e perigosos contra-ataques. Oportunidades de golo existiram com fartura para os dois lados mas o Benfica, pelo maior volume ofensivo causava sempre mais perigo e cheirava a golo com Ruben e Maxi a falharem dois golos feitos. Quem não falhou à boca da baliza foi Cardozo mas Pedro Henriques anulou.

E a verdade é esta, doa a quem doer, apesar de todo o mau jogo que o Benfica fez fizemos o suficiente para marcar e ganhar o jogo e, doa a quem doer, o Benfica marcou e devia ter ganho, mas o árbitro Pedro Henriques voltou a demonstrar o porque de ser um dos árbitros que mais prejudica o Glorioso. No Estádio não vislumbrei qualquer falta, no momento em que o árbitro apita, juro que pensei que fosse penalty, fiquei espantado quando anula o golo ao Benfica e assinala falta contra nós. Não só o golo é limpo como a única falta no lance é o derrube a Miguel Vítor. Um verdadeiro roubo!!!!Estou para ver se amanhã o Pedro Henriques vem para os jornais pedir desculpa pelo erro que nos impediu de conquistar três pontos.

E assim se desperdiça uma soberana oportunidade de nos destacarmos da Santa Aliança e de lhes colocarmos forte pressão em cima. Continuamos em primeiro, continuamos invictos mas sinto que não teremos forças suficientes para lutar contra tudo isto. Precisamos de não cometer tabtos erros e de jogar com muito mais garra para conseguirmos levar de vencida os 14 adversários que, jornada após jornada, "comem a relva" contra nós.