No jogo de ontem só houve uma equipa a tentar ganhar, a criar oportunidades de golo, a ser prejudicada pela arbitragem, mas a vencer com toda a justiça o jogo. Graças a Deus essa equipa foi o Benfica, caso contrário sei bem quem é que não estaria aqui a escrever esta análise detalhada e cientificamente evoluída do jogo: eu!
No entanto, as coisas não foram fáceis, porque o Porto apareceu organizado e disposto a vender cara a derrota, contando ainda por cima com um génio da táctica no banco que dificultou ainda mais as coisas.
Felizmente, o Laurent Robert, nervoso com a importância do clássico, teve um ataque de insónias e ficou a ver televisão até tarde, no estágio de sábado. Resultado: no lufa-lufa de sair para ir para o jogo, não reparou que levava o controlo remoto da televisão no bolso dos calções (sim, os jogadores de futebol equipam-se no hotel do estágio e seguem já equipados para os jogos - os balneários nos estádios não passam de um mito urbano) e conseguiu assim teleguiar a bola para o fundo das redes do Baía, que é o atleta mais premiado de toda a história do desporto mundial e não teve culpa absolutamente nenhuma do golo, como é bem visível na repetição televisiva, se a virmos com a televisão desligada. Tivesse o francês ido para a caminha a seguir ao programa do Malato, como está escrito no regulamento disciplinar interno do Benfica (artigo 23º: "Antes dos jogos com o porto na luz, todos os jogadores têm de ir para a caminha a seguir ao programa do Malato, senão o tio Zé Veiga dá tau tau") e a história poderia ter sido bem diferente!
Até porque Co Adriaanse, raposa velha do futebol e astuto cultivador de tulipas, veio para a catedral com uma táctica arriscada: 3 defesas + 1 fiscal de linha cá atrás, 3 médios no centro, 4 avançados + 1 fiscal de linha lá na frente e um árbitro cego a líbero, distribuindo roubos a toda a largura do terreno! E foi este 14 titular que confundiu o Benfica nos primeiros 11 minutos e 23 segundos de jogo. A partir daí, a equipa pegou no jogo mas encontrou muitas dificuldades em furar a muralha defensiva do porto, com Pepe (grande jogo de ancas!), absolutamente imperial no jogo aéreo, e João Ferreira (grande ladrão!), não menos imperial na não amostragem de amarelos e vermelhos aos pauliteiros da invicta, em enorme destaque!
Mas, a seguir ao já referido golo teleguiado de Robert, o jogo mudou um pouco de figura. O Benfica abdicou do controlo do jogo, procurando explorar as jogadas de contra ataque e o porto adiantou-se no terreno.
Co Adriaanse - a pensar no ensaio de porrada que os super dragões lhe aplicariam, caso perdesse o jogo - resolveu "pôr a carne toda no assador" e apelar aos deuses do futebol para que lhe salvassem o coiro. Assim, aos 72 minutos saem Raul Meireles, que tinha feito uma exibição agradável, revelando excelente entendimento com João Ferreira na luta do meio campo (Raul, qual lenhador, derrubava os jogadores Benfiquistas como se fossem árvores e João não assinalava as faltas nem mostrava os respectivos amarelos), e Ivanildo, hoje muito apagado (aliás, agora que penso nisso, acho que nunca o vi ligado). Para os seus lugares entraram Lizandro, um dos melhores argentinos completamente desconhecidos a alguma vez ter tido uma passagem discreta pelo futebol português antes de desaparecerem e nunca mais serem vistos, e Jorginho, o mais mal encarado de todos os jogadores brasileiros com um nome artistico apaneleirado, a jamais ter passado pelo porto. Adriaanse procurava assim alargar a frente de ataque à custa de alguma capacidade defensiva do meio campo, aparentemente assumindo o risco de sofrer mais golos em contra-ataque.
Felizmente para o porto, holandês já treina equipas de merda há muitos anos, já tem muita experiência e sabe bem o que está a fazer: para compensar tanto avançado em campo, manda recuar João Ferreira - que já não tinha o fulgor físico do inicio do jogo - para junto dos centrais, contando assim com os seus talentos únicos para ajudar a manter a bola longe das redes de Vítor Baía. E resultou completamente, já que sem a acção decisiva deste homem, o lance em que Lucho Gonzalez puxa Petit dentro da área para o impedir de encostar o segundo a bola ao fundo das redes pela segunda vez, poderia ter resultado numa grande penalidade a favor do Benfica e a amostragem do vermelho directo ao jogador argentino, o que, convenhamos, daria cabo da equipa do porto. Grande visão táctica de Adriaanse a partir do banco!
No entanto a defesa do Benfica esteve imperial até ao fim do jogo e raramente o porto a conseguiu incomodar. Ainda entrou Hugo Almeida, o Karadas português, mas sem grande efeito práctico no jogo, embora tenha sido útil posteriormente a carregar a bagagem para o autocarro.
Até ao fim do jogo, o único lance de perigo de que me lembro, foi um lance do Leo, cortado in extremis pelo fiscal de linha, que poderia ter dado golo. Koeman também não inventou nas substituições e limitou-se a refrescar a equipa.
Assim sendo, a vitória acaba por assentar que nem uma luva a esta equipa do Benfica que soube compensar a inferioridade numérica inicial e a ausência de uma equipa de arbitragem no 14 inicial, com garra, determinação, sentido colectivo e também algum talento.
O melhor em campo foi o Luisão, do lado do Benfica, que limpou tudo o que havia para limpar e João Ferreira, do lado do porto, cuja acção foi determinante durante todo o jogo, particularmente na parte final, onde evitou dissabores maiores para os dragões. Jogou tão bem que penso que o Sr. Scolari não faria mal em premiá-lo com uma chamada à selecção.
Agora venha o estrela!
No entanto, as coisas não foram fáceis, porque o Porto apareceu organizado e disposto a vender cara a derrota, contando ainda por cima com um génio da táctica no banco que dificultou ainda mais as coisas.
Felizmente, o Laurent Robert, nervoso com a importância do clássico, teve um ataque de insónias e ficou a ver televisão até tarde, no estágio de sábado. Resultado: no lufa-lufa de sair para ir para o jogo, não reparou que levava o controlo remoto da televisão no bolso dos calções (sim, os jogadores de futebol equipam-se no hotel do estágio e seguem já equipados para os jogos - os balneários nos estádios não passam de um mito urbano) e conseguiu assim teleguiar a bola para o fundo das redes do Baía, que é o atleta mais premiado de toda a história do desporto mundial e não teve culpa absolutamente nenhuma do golo, como é bem visível na repetição televisiva, se a virmos com a televisão desligada. Tivesse o francês ido para a caminha a seguir ao programa do Malato, como está escrito no regulamento disciplinar interno do Benfica (artigo 23º: "Antes dos jogos com o porto na luz, todos os jogadores têm de ir para a caminha a seguir ao programa do Malato, senão o tio Zé Veiga dá tau tau") e a história poderia ter sido bem diferente!
Até porque Co Adriaanse, raposa velha do futebol e astuto cultivador de tulipas, veio para a catedral com uma táctica arriscada: 3 defesas + 1 fiscal de linha cá atrás, 3 médios no centro, 4 avançados + 1 fiscal de linha lá na frente e um árbitro cego a líbero, distribuindo roubos a toda a largura do terreno! E foi este 14 titular que confundiu o Benfica nos primeiros 11 minutos e 23 segundos de jogo. A partir daí, a equipa pegou no jogo mas encontrou muitas dificuldades em furar a muralha defensiva do porto, com Pepe (grande jogo de ancas!), absolutamente imperial no jogo aéreo, e João Ferreira (grande ladrão!), não menos imperial na não amostragem de amarelos e vermelhos aos pauliteiros da invicta, em enorme destaque!
Mas, a seguir ao já referido golo teleguiado de Robert, o jogo mudou um pouco de figura. O Benfica abdicou do controlo do jogo, procurando explorar as jogadas de contra ataque e o porto adiantou-se no terreno.
Co Adriaanse - a pensar no ensaio de porrada que os super dragões lhe aplicariam, caso perdesse o jogo - resolveu "pôr a carne toda no assador" e apelar aos deuses do futebol para que lhe salvassem o coiro. Assim, aos 72 minutos saem Raul Meireles, que tinha feito uma exibição agradável, revelando excelente entendimento com João Ferreira na luta do meio campo (Raul, qual lenhador, derrubava os jogadores Benfiquistas como se fossem árvores e João não assinalava as faltas nem mostrava os respectivos amarelos), e Ivanildo, hoje muito apagado (aliás, agora que penso nisso, acho que nunca o vi ligado). Para os seus lugares entraram Lizandro, um dos melhores argentinos completamente desconhecidos a alguma vez ter tido uma passagem discreta pelo futebol português antes de desaparecerem e nunca mais serem vistos, e Jorginho, o mais mal encarado de todos os jogadores brasileiros com um nome artistico apaneleirado, a jamais ter passado pelo porto. Adriaanse procurava assim alargar a frente de ataque à custa de alguma capacidade defensiva do meio campo, aparentemente assumindo o risco de sofrer mais golos em contra-ataque.
Felizmente para o porto, holandês já treina equipas de merda há muitos anos, já tem muita experiência e sabe bem o que está a fazer: para compensar tanto avançado em campo, manda recuar João Ferreira - que já não tinha o fulgor físico do inicio do jogo - para junto dos centrais, contando assim com os seus talentos únicos para ajudar a manter a bola longe das redes de Vítor Baía. E resultou completamente, já que sem a acção decisiva deste homem, o lance em que Lucho Gonzalez puxa Petit dentro da área para o impedir de encostar o segundo a bola ao fundo das redes pela segunda vez, poderia ter resultado numa grande penalidade a favor do Benfica e a amostragem do vermelho directo ao jogador argentino, o que, convenhamos, daria cabo da equipa do porto. Grande visão táctica de Adriaanse a partir do banco!
No entanto a defesa do Benfica esteve imperial até ao fim do jogo e raramente o porto a conseguiu incomodar. Ainda entrou Hugo Almeida, o Karadas português, mas sem grande efeito práctico no jogo, embora tenha sido útil posteriormente a carregar a bagagem para o autocarro.
Até ao fim do jogo, o único lance de perigo de que me lembro, foi um lance do Leo, cortado in extremis pelo fiscal de linha, que poderia ter dado golo. Koeman também não inventou nas substituições e limitou-se a refrescar a equipa.
Assim sendo, a vitória acaba por assentar que nem uma luva a esta equipa do Benfica que soube compensar a inferioridade numérica inicial e a ausência de uma equipa de arbitragem no 14 inicial, com garra, determinação, sentido colectivo e também algum talento.
O melhor em campo foi o Luisão, do lado do Benfica, que limpou tudo o que havia para limpar e João Ferreira, do lado do porto, cuja acção foi determinante durante todo o jogo, particularmente na parte final, onde evitou dissabores maiores para os dragões. Jogou tão bem que penso que o Sr. Scolari não faria mal em premiá-lo com uma chamada à selecção.
Agora venha o estrela!
2 comentários:
Por falar em Karadas, no Sábado jogou contra o Chelsea... a central.
Jogou os 90 minutos, mas só se viu a partir dos 30 (a tocar na bola e em imagem televisiva).
Na 2ª parte tocou mais vezes na bola (coincidencia ou não, o Chelsea marcou os golos no 2º período)!!!
Concordo, mas infelizmente os meus companheiros de blog encheram isto de fotografiazinhas boiolas e comentários idiotas e retiraram-lhe o destaque que merece! Tenho dito! ;)
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